Sábado – Pense por si

Arca de Noé na Semana de Moda de Paris

O desfile de Schiaparelli "lançou" animais selvagens na passarela e provocou polémica.

A passarela da Semana de Moda de Paris – que arrancou na segunda-feira, 23, e vai até à próxima quinta, 26 – viu desfilar vestidos com cabeças de animais selvagens, na coleção apresentada por Schiaparelli. Daniel Roseberry, diretor criativo da marca, parecia homenagear a própria Elsa Schiaparelli. A designer italiana, que morreu em 1973, amava os animais e usava um chapéu que ostentava a cabeça de uma chita. Roseberry quis dar continuidade à tradição, colocando três animais diferentes na passarela.

Leão empoleirado no peito

segundo a marca, as três cabeças 'ultrarrealistas' de leão, leopardo e lobo foram feitas de espuma, resina, lã e pele sintética de seda, e pintados à mão. A modelo canadiana Shalom Harlow, de 49 anos, surgiu com um vestido corpete de lã e seda, com uma cabeça de leopardo da neve, no peito. Naomi Campbell, de 52 anos, desfilou com uma cabeça de lobo ainda maior no ombro.

Na plateia, Kylie Jenner, a mais nova do clã Kardashian, sentou-se na primeira fila – ao lado de Marisa Berenson, atriz e neta da própria Schiaparelli – e atraiu todos os olhares com uma enorme cabeça de um leão ao ombro, preso num vestido preto de veludo, sem alças. Criação que iria ser desfilada por Irina Shayk. A modelo russa, ex-namorada de Cristiano Ronaldo, surgiu com o seu leão "empoleirado" no peito, num vestido preto de veludo e assimétrico, com franzidos no corpete. Já o leão de Jenner adornou um vestido sem alças, também de veludo, mas franzido da cabeça aos pés.

Polémica nas redes sociais

Apesar de a marca ter garantido que nenhum animal foi sacrificado na confeção das roupas, nas redes sociais houve milhares de comentários negativos, dizendo que as criações de Schiaparelli  promovem a violência contra os animais. "Tão triste. Mesmo que sejam totalmente falsas, a mensagem por trás estimula a caça incontrolável", escreveu a modelo ucraniana Alla Kostromichova.

Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.