Aida Tavares diz que soube que foi informada por telefone de que iria ser substituída pouco depois de ser anunciado que Dalila Rodrigues não seria reconduzida.
No seu último ato enquanto ministra da Cultura (o ministério extingue-se no novo executivo) Dalila Rodrigues terá exigido que o presidente do conselho de administração do Centro Cultural de Belém (CCB) demitisse Aida Tavares, diretora artística para as Artes Performativas e Pensamento. Dalila Rodrigues desmente versão.
Filipe Amorim/Lusa
Aida Tavares disse ao jornal Público que foi afastada esta tarde já depois de ter sido anunciado o novo executivo (que só entra em funções amanhã). A demissão terá sido transmitida por Nuno Vassallo e Silva e Madalena Reis, presidente e vogal do conselho de administração, que justificaram a sua demissão com a necessidade de lançar um concurso para o lugar. "Disse-me ainda que não se revia na programação que eu tinha apresentado, mas quando lhe perguntei porquê não soube responder-me. Com os resultados de públicos que esta casa tem tido, com a avaliação de desempenho que tive, que foi boa, só posso entender esta minha exoneração como um ato político – o último ato político da ministra da Cultura", disse Aida Tavares ao jornal diário.
Ao Público, Vassalo e Silva assegurou que Aida Tavares "não foi despedida nem afastada". "O que lhe dissemos foi que íamos abrir um concurso internacional para o lugar que ela ocupa para o legitimar, para o tornar transparente", referiu o presidente do conselho de administração do CCB. O historiador de arte foi nomeado pela ex-ministra da cultura e tomou posse à frente do CCB em janeiro deste ano, depois do afastamento de Francisca Carneiro Fernandes, uma escolha de Pedro Adão e Silva, último ministro da Cultura de António Costa. Francisca Carneiro Fernandes tinha sido nomeada no fim de 2023 e foi exonerada por Dalila Rodrigues no último dia útil do prazo legal para a afastar sem necessidade de fundamentar a decisão ou de pagar uma indemnização.
Em entrevista ao jornal Observadoresta tarde Dalila Rodrigues nega ter despedido diretora artística do CCB no último dia como ministra e diz que Aida Tavares se está a "vitimizar". "É uma notícia inventada por quem se vitimiza", disse a ex-ministra.
No comunicado em que anunciava a chegada de Aida Tavares à equipa em 2023, ainda com Francisca Carneiro Fernandes ao leme, o CCB justificava a escolha classificando-a como "uma das mais reconhecidas programadoras culturais nacionais, com um percurso firmado na internacionalização da criação contemporânea portuguesa" e fazendo referência ao seu trabalho em várias autarquias da área metropolitana de Lisboa". Mais tarde, Dalila Rodrigues disse que esta contratação tinha acontecido no âmbito de uma cultura de "cunhas" promovida pelo governo socialista.
O Ministério da Cultura foi dissolvido na nova legislatura de Luís Montenegro. Com estas alterações, Dalila Rodrigues é substituída por Margarida Balseiro Lopes, até agora ministra da Juventude e Modernização. Balseiro Lopes foi reconduzida no XXV Governo Constitucional, passando a acumular também as pastas da Cultura e Desporto.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.