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Tancos: Ex-diretor da Judiciária não soube de denúncia anónima

A Polícia Judiciária soube da denúncia anónima quanto a um eventual furto de material militar, mas o então diretor nada soube, afirmou Almeida Rodrigues.

A Polícia Judiciária (PJ) soube da denúncia anónima, quatro meses antes do furto nos paióis de Tancos, em 2017, quanto a um eventual furto de material militar, mas o então diretor nada soube, afirmou hoje Almeida Rodrigues.

Esta explicação foi dada pelo ex-diretor nacional da PJ José Almeida Rodrigues, numa audição na comissão parlamentar ao furto de Tancos, afirmando que, como dirigente da PJ, tinha 21 diretores adjuntos, em quem confiava, e não acompanhou diretamente esta investigação.

"A PJ teve conhecimento, eu, como diretor nacional, não", afirmou aos deputados durante a reunião em que várias vezes alegou desconhecer pormenores sobre o processo, dado que não o acompanhava, como, por exemplo, o teor concreto da denúncia anónima recebida pela PJ, que foi "arquivada" e a que o juiz Ivo Rosa, de Lisboa, não deu seguimento.

Almeida Rodrigues remeteu mais esclarecimento para o então diretor, da Unidade Nacional de Contraterrorismo, Luís Neves, atual diretor da PJ, que será ouvido na próxima semana na comissão parlamentar de inquérito.

Na audição, Almeida Rodrigues disse ter sabido do furto, em junho de 2017, através de uma chamada do então diretor da Polícia Judiciária Militar, coronel Luís Vieira, no dia 28, para que fosse divulgada "às congéneres" da PJ a lista do material militar roubado.

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