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Na quinta-feira, o Governo decretou uma requisição civil na greve dos enfermeiros em blocos operatórios, alegando incumprimento da prestação de serviços mínimos.
Perto de uma centena deenfermeirosconcentraram-se esta quarta-feira junto ao Hospital das Caldas da Rainha numa vigília de solidariedade para com os colegas em greve cirúrgica e contra a requisição civil decretada peloGoverno.
"Mostrar aos colegas que estão a fazer 'greve cirúrgica' que estamos com eles" foi, segundo Nuno Pedro, enfermeiro no serviço de Pediatria do Hospital das Caldas da Rainha, a motivação para avançar com a vigília que concentrou na entrada daquela unidade perto de uma centena de profissionais.
Convocado através das redes sociais o movimento partiu de "um grupo espontâneo que entendeu que devia fazer alguma coisa", explicou à agência Lusa o enfermeiro, frisando tratar-se de "uma iniciativa apartidária, sem qualquer ligação a sindicatos ou ordens profissionais".
Munidos de cartazes com palavras de ordem, velas e cravos brancos, os enfermeiros pretenderam "demonstrar à população que as reivindicações [dos profissionais] são justas e que esta requisição civil não tem lógica".
No entender de Nuno Pedro "os cuidados mínimos estavam a ser cumpridos" e a luta dos profissionais "tem sido feita de forma correta".
A concentração movimentou cerca de um terço dos enfermeiros que prestam serviço no Hospital das Caldas da Rainha, uma das três unidades do Centro Hospitalar do Oeste, que no total emprega cerca de 600 profissionais de enfermagem.
"É um sinal de que se a greve for alargada a todos os hospitais do país haverá uma grande adesão", afirmou Nuno Pedro, lembrando que "os enfermeiros estão cansados e mereciam um pouco mais".
Pelo menos "diálogo franco e uma negociação séria das reivindicações, não se exige que sejam resolvidas de um dia para o outro, mas que sejam de facto negociadas", concluiu o enfermeiro especialista.
A paralisação, que abrangeu inicialmente sete hospitais aos quais se juntaram mais três na sexta-feira, foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor), que pediu ao tribunal que declare a nulidade da requisição civil decretada pelo Governo.
A requisição civil foi feita aos enfermeiros do Centro Hospitalar e Universitário de S. João, Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.
A greve levou ao adiamento de mais de metade das 4.782 cirurgias previstas na primeira semana da paralisação, segundo o Ministério da Saúde, que divulgou na segunda-feira um balanço semanal.
Trata-se da segunda 'greve cirúrgica' convocada pelos sindicatos ASPE e Sindepor. A primeira decorreu em blocos operatórios de cinco centros hospitalares públicos entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018, tendo provocado o adiamento de mais de 7.500 cirurgias, de acordo com a tutela.
As duas greves foram convocadas após um movimento de enfermeiros ter lançado recolhas de fundos numa plataforma na internet para financiar as paralisações, num total de 740 mil euros.
Segundo os sindicatos, os principais pontos de discórdia com o Governo são o descongelamento das progressões na carreira e o aumento do salário base dos enfermeiros.
A Vigília nas Caldas da Rainha ira prolongar-se até cerca das 22 horas.
Profissionais das Caldas da Rainha em vigília solidária com enfermeiros em greve
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O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.