Líder do PS reafirma que vai votar contra moção de confiança e que só uma comissão parlamentar de inquérito pode dissipar suspeitas, que diz serem “graves”, sobre Luís Montenegro.
Pouco antes de reunião da comissão política, Pedro Nuno Santos reafirmou, em entrevista à SIC, à mesma hora que Luís Montenegro era também entrevistado, na TVI, que PS vai manter a sua posição sobre moções de confiança: voto contra. "O Governo sabe a posição do Partido Socialista. A palavra de um político é nosso maior ativo. É impensável fazer o contrário do que disse há uma semana, no debate da moção de censura do PCP, e há duas semanas, na moção de censura do Chega. Não podemos hesitar, não podemos voltar atrás."
O líder do PS diz que já não chegam explicações, que só uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pode dissipar dúvidas. E explica porquê: "A CPI é o único instrumento que permite ter acesso a prova documental. Mapa de horas dedicadas ao trabalho, relatório do trabalho que foi feito, as interações, os emails, isto é, as provas de que há trabalho que justifique as avenças. É muito importante saber se o primeiro-ministro recebe avenças a troco de nada, ou que não tenha contrapartidas dos serviços prestados. Isto gera uma enorme insegurança sobre a autonomia do primeiro-ministro face a alguns empresários".
Pedro Nuno Santos deu o exemplo da relação da consultora de Montenegro, a Spinumviva, com a Solverde. "A Solverde paga 4.500 mensais por trabalhos na área da proteção de dados. Antes de vir para aqui estava a falar com um advogado que trabalha na área da proteção de dados, que presta serviços nessa área a um cliente com alguns milhares de clientes, a quem cobra €1.500 por ano. A suspeita que hoje existe, e não é só do PS, é a de que os serviços não foram prestados, ou tendo sido prestados, foram cobrados por um preço muito superior. Isto significa que provavelmente temos uma empresa que não prestou os serviços que diz que prestou. Isto é uma situação de grande gravidade."
Outro exemplo, este revelado pelo Observador, da gasolineira detida pelo pai do candidato do PSD a Braga, que também recorreu aos serviços da Spinumviva. "Ainda este fim de semana soubemos que foi feito em 2022 [pela Spinumviva] um trabalho de reestruturação de €238 mil numa pequena empresa que tem de lucro 13 mil euros. Contrataram um advogado, Luís Montenegro, que não tem experiência nem currículo em reestruturação de empresas. As suspeitas são graves e só uma CPI nos dá os instrumentos para pedir o plano de reestruturação, a interação, a implementação das medidas propostas por Luís Montenegro. Não podemos fazer de conta que não se passou nada e seguir caminho. A melhor forma de defendermos o regime é apurar-se a verdade e sermos transparentes."
O líder do PS diz que a moção de confiança teve como objetivo "evitar uma comissão parlamentar de inquérito". "Não tenho dúvidas disso. Foi depois do nosso anúncio de uma CPI que primeiro-ministro, com medo de ser inquirido, decidiu apresentar uma moção de confiança. O que temos visto é a atuação de um primeiro-ministro sem ética. Neste momento a suspeita só é resolvida com acesso aos documentos, às provas de que o trabalho foi realizado e que o preço pago é o justo. Para sabermos se temos um primeiro-ministro livre."
Para a ministra do Trabalho, o combate a quem se serve da generosidade da lei podia começar em casa.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
