Defendeu Bruno de Carvalho e Carvalhão Gil. Prometeu um "enxerto de porrada" a um funcionário do Estado e quer agora cinco meses para estudar o processo.
José Preto passou a assegurar a defesa do antigo primeiro-ministro José Sócrates na Operação Marquês, tendo a procuração dado entrada no tribunal na terça-feira. A alteração surgiu após Sócrates ter dispensado o advogado oficioso, José Manuel Ramos, o que levou à suspensão do julgamento até 4 de dezembro. A notícia foi avançada pela CNN Portugal.
José Preto, o novo advogado de Sócrates, fala aos jornalistasPedro Catarino/ MediaLivre
Este não é o primeiro caso mediático de José Preto, apesar de ser o mais mediático em que esteve envolvido. Anteriormente, o advogado defendeu Bruno de Carvalho numa providência cautelar contra a direção do Sporting e esteve também envolvido no julgamento do ex-agente do SIS, Frederico Carvalhão Gil, espião acusado de vender segredos de Estado aos russos.
Para este caso, José Preto pediu um prazo de cinco meses e meio para se inteirar do processo. Será a juíza Susana Seca a decidir que prazo vai dar. De acordo com a lei, só é obrigada a dar um prazo de cinco dias, segundo o jornal Expresso, mas Seca tem sido bastante crítica dos atrasos deste processo, o que pode indicar que não vai conceder os cinco meses pedidos até porque isso queria dizer que o julgamento só seria retomado após a grande maioria dos eventuais crimes estar prescrita.
No caso de Carvalhão Gil, José Preto foi especialmente ativo. Chegou a criticar a quantidade de comida servida na prisão de Monsanto, onde o seu cliente estava detido, apelando a que fosse concedido um habeas corpus. Segundo o defensor, a comida "péssima, gorda, mas abundante", que fará os reclusos "obesos" surpreenderam o espião, pela sua pouca qualidade.
Outro episódio caricato envolvendo o advogado ocorreu em Junho de 2015, quando o espião foi levado a casa pela primeira vez para cumprir a pena de prisão domiciliária. Num relatório interno da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais conta-se que o advogado ameaçou um técnico que iria instalar os equipamentos de vigilância electrónica que iriam monitorizar Carvalhão Gil à porta do prédio.
Terá já sido dentro do elevador que o técnico conseguiu explicar ao homem que era "agente do Estado" e que só não lhe conseguia mostrar a identificação porque estava apertado no elevador e com as mãos ocupadas pelos equipamentos de vigilância eletrónica. O advogado terá pensado que o homem era um jornalista e prometeu-lhe "um enxerto de porrada".
E sobre jornalistas, o advogado escreveu, que os jornais eram como "placards de bordeis" e que se considerasse escrever para algum, seria para o Pravda. José Preto chegou a ser candidato a deputado pelo PCTP-MRPP em 2019.
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