O quadro de Picasso falsificado estava à venda numa leiloeira em Portugal, tendo sido apreendido e entregue às autoridades italianas.
Uma operação internacional liderada pela polícia italiana divulgada esta sexta-feira permitiu recuperar 104 obras e arte falsas à venda no mercado, um dos quais um Picasso que a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu numa leiloeira no ano passado.
Alexandre Azevedo/Sábado
Segundo informações da PJ à Lusa, o quadro de Picasso falsificado estava à venda numa leiloeira em Portugal, tendo sido apreendido e entregue às autoridades italianas.
De acordo com a agência EFE, a operação internacional que recuperou 104 obras de arte falsificadas envolveu 14 países, entre os quais Portugal, Espanha, Reino Unido, tendo sido recuperadas falsificações de Pablo Picasso, Edvard Munch e Paul Klee.
A operação "Minotauro bis" iniciou-se em 2022 e permitiu recuperar diversas obras que eram vendidas como originais e depois enviadas para várias partes do mundo, especialmente os Estados Unidos, segundo adiantaram hoje os Carabinieri, a polícia militarizada italiana.
"A operação também permitiu retirar do mercado obras que, se não tivessem sido identificadas e bloqueadas a tempo, teriam alcançado valores idênticos aos originais", adiantou a polícia italiana, acrescentando que se tivessem sido vendidas teriam causado um prejuízo aproximado de um milhão de euros aos compradores.
No decurso da operação, o juiz de instrução ordenou a apreensão de cinco contas bancárias e dois carros, de um valor aproximado de 300 mil euros.
A Procuradoria-Geral de Roma, com coordenação com o Eurojust, emitiu 13 ordens europeias de investigação e nove solicitações de assistência judicial em países de dentro e fora da União Europeia, entre os quais Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Noruega, Portugal, Reino Unido, Espanha, Suécia, Suíça e Estados Unidos.
Segundo a EFE, para a falsificação eram utilizadas folhas de papel com as marcas de água 'Vollard' (negociante de arte contemporânea) e 'Picasso' (pintor espanhol). Depois, com um programa de design gráfico, digitalizavam as imagens das obras verdadeiras e um especialista criava os modelos para impressão.
Esses modelos, em conjunto com o papel falsificado, eram usados para fazer as cópias.
Para que parecessem autênticas, o papel era envelhecido artificialmente com banhos de café e de chá, acrescentando-se depois das assinaturas falsas dos artistas.
Depois de finalizadas, as falsificações eram enviadas para leiloeiras estrangeiras com certificados de livre circulação também falsos para despistar eventuais controlos e validar a sua autenticidade.
Operação internacional recupera 104 obras de arte falsas, incluindo um Picasso em Portugal
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar
A PSP enfrenta hoje fenómenos que não existiam ou eram marginais em 2007: ransomware, ataques híbridos a infraestruturas críticas, manipulação da informação em redes sociais. Estes fenómenos exigem novas estruturas orgânicas dedicadas ao ciberespaço, com autonomia, meios próprios e formação contínua.