Sábado – Pense por si

OE2026: Dívida pública é "dos aspetos mais frágeis da economia portuguesa"

Miranda Sarmento defendeu que este o Governo segue num "caminho marcado pela transformação mas com a marca de equilíbrio das contas públicas e redução da dívida", no debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, alertou esta terça-feira que não se pode interromper o caminho de redução da dívida pública, que "continua a ser dos aspetos mais frágeis da economia portuguesa".

Joaquim Miranda Sarmento no debate do OE2026, em Lisboa, defende redução da dívida pública
Joaquim Miranda Sarmento no debate do OE2026, em Lisboa, defende redução da dívida pública TIAGO PETINGA/LUSA

Miranda Sarmento defendeu que este o Governo segue num "caminho marcado pela transformação mas com a marca de equilíbrio das contas públicas e redução da dívida", no debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).

O ministro destacou as previsões de excedentes orçamentais para este ano e o próximo e aponta que "quem fala em esgotamento da margem omite que os saldos sem despesas temporárias são próximos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB)".

No que diz respeito à dívida pública, reiterou que não se pode interromper o caminho seguido e que é necessário "manter o ritmo de redução da dívida de três a quatro pontos percentuais por ano".

Nesta intervenção inicial, o responsável pela pasta das Finanças defendeu também que a transformação estrutural da economia "passa por aumentar os níveis de competitividade", pelo que é necessário "aumentar o capital humano e reduzir a burocracia que asfixia empresas e cidadãos".

O ministro salientou que com maior capital humano e burocracia ao mínimo, será possível ter a "capacidade de colocar a economia a crescer 3% no final da legislatura", referindo-se às metas inscritas no programa eleitoral da AD.

Na proposta de OE2026, o Governo prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2% neste ano e 2,3% em 2026.

O executivo pretende alcançar excedentes de 0,3% do PIB em 2025 e de 0,1% em 2026. Quanto ao rácio da dívida, estima a redução para 90,2% do PIB em 2025 e 87,8% em 2026.

A proposta vai ser discutida e votada na generalidade hoje e a votação final global está marcada para 27 de novembro, após o processo de debate na especialidade.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!