O antigo presidente do PSD disse que o PS e o Chega, sendo "os dois principais partidos da oposição", têm agora a "responsabilidade de não inviabilizar, de não bloquear a passagem do programa de Governo" no Parlamento.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu hoje que a AD deve governar em diálogo com PS e Chega e apelou aos principais partidos da oposição para que não bloqueiem o programa de Governo na Assembleia da República.
MIGUEL A. LOPES/LUSA
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à exposição "Cartazes Sem Censura", no CCB, Lisboa, Luís Marques Mendes defendeu que o presidente do PSD, Luís Montenegro, deve formar Governo sem abdicar do diálogo com os restantes partidos da oposição, principalmente o PS e o Chega.
"Eu recomendaria, como já disse, sobretudo num momento em que não se sabe ainda quem lidera a oposição, um diálogo com os dois partidos da oposição. Não se trata de fazer nenhum bloco central, não se trata de levar para o Governo, mas é o diálogo parlamentar normal na Assembleia da República", afirmou Marques Mendes.
Questionado sobre se o diálogo deve exigir acordos escritos entre os partidos para evitar moções de censura ou chumbos de orçamentos, Marques Mendes respondeu que isso não é necessário, apenas um compromisso dos partidos para "evitar bloqueios, impasses e crises".
"Se não se fizer isto, as crises podem surgir e depois todos sabemos como se resolvem: com a 'bomba atómica'. Eu queria dizer de uma forma muito clara, o país precisa de paz, não precisa de guerra, nem precisa de bombas atómicas", acrescentou.
O antigo presidente do PSD disse também que o PS e o Chega, sendo "os dois principais partidos da oposição", têm agora a "responsabilidade de não inviabilizar, de não bloquear a passagem do programa de Governo" no parlamento.
Marques Mendes defendeu que o novo Governo deve ter um espírito reformista e "transformador do país" com um "propósito muito forte de aposta nas políticas sociais".
Sobre o resultado do Chega no domingo, o candidato presidencial afirmou que os seus eleitores não são "perigosos radicais", mas sim portugueses "que merecem o mesmo respeito que qualquer outro português", que "estão zangados e insatisfeitos com o estado da democracia e a quem a "governação tem que saber dar resposta".
Insistiu também que o próximo Presidente da República deve ser capaz de mediar entendimentos que evitem moções de censura, moções de confiança e o chumbo de orçamentos de Estado, acrescentando que, como chefe de Estado, quer ser "um pacificador e um estabilizador da situação".
Marques Mendes recusou dar conselhos ao atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que "é maior, é vacinado e é uma pessoa com suficiente traquejo político".
"Agora vai ouvir os partidos e seguramente que a seguir indigitará Luís Montenegro, de acordo com os resultados eleitorais para formar Governo. Até aí tudo normal. A questão coloca-se mais tarde, por exemplo, quando houver orçamentos e aí sim, mais tarde, ainda com este, mas sobretudo com o próximo Presidente da República, vai ser preciso fazer pontes de entendimento para evitar crises", acrescentou.
Inquirido sobre se o resultado da AD legitima Montenegro em relação à polémica que envolveu a sua empresa familiar, Marques Mendes disse que a "vitória significativa" da coligação entre PSD e CDS-PP é um "sinal claro de que os portugueses quiseram que Luís Montenegro continuasse a ser primeiro-ministro e continuasse a governar".
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro