"O que veio a público não é bom, nem é bonito. Ficam muitas dúvidas no ar", disse o candidato presidencial sobre as notícias da compra da nova sede.
O candidato a Presidente da República Luís Marques Mendes defendeu hoje a realização de uma auditoria independente ao processo de compra da nova sede do Banco de Portugal, por considerar que há "muitas dúvidas no ar".
JOSÉ COELHO/LUSA
"O que veio a público não é bom, nem é bonito. Ficam muitas dúvidas no ar", disse Marques Mendes aos jornalistas, após uma reunião com o presidente do Instituto Politécnico de Viseu.
Para o antigo líder do PSD, "o melhor, a bem da imagem do Banco de Portugal e da credibilidade do governador, era uma auditoria interna, independente, que esclarecesse tudo".
O jornal online Observador noticiou hoje que, a 02 de maio, a meses do final do primeiro mandato como governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno assinou, com o apoio da sua administração, um contrato-promessa com quatro sociedades do Grupo Fidelidade para a construção da nova sede do banco central nos antigos terrenos da Feira Popular, em Lisboa.
Segundo o mesmo jornal, os relatórios jurídico e técnico encomendados pelo BdP alertaram para 16 contingências graves que poderiam vir a colocar em causa o negócio, que só será concretizado no final de 2027.
"Acho bem que o governador Mário Centeno vá ao parlamento dar explicações, como já terá sido solicitado, mas numa matéria desta natureza não era mau que houvesse uma auditoria independente para analisar tudo o que aconteceu", considerou o candidato presidencial.
O CDS-PP anunciou que vai pedir uma audição parlamentar urgente do governador do Banco de Portugal para dar explicações sobre as operações realizadas para a aquisição da nova sede da instituição.
Na opinião de Marques Mendes, atendendo ao que veio a público, haverá "uns a dizer bem, outros a dizer mal, uns a dar umas explicações, outros a dar explicações contrárias".
Sobre o nome do futuro governador, o antigo presidente do PSD não se quis pronunciar, pelo menos para já.
"É uma decisão do Governo, que aguardo. Não faço ideia de qual seja, acho que ninguém sabe", acrescentou.
O Banco de Portugal disse hoje que cumpre todas as normas e regulamentos no processo de compra da nova sede, em Lisboa, e que isso mesmo foi assegurado no contrato feito com a Fidelidade.
"O Banco de Portugal deu, por ocasião da celebração do contrato promessa de compra e venda, e continuará a dar até à celebração do respetivo contrato definitivo, pleno cumprimento aos normativos legais e regulamentares aplicáveis", disse fonte oficial do Banco de Portugal à agência Lusa.
O primeiro mandato de Mário Centeno enquanto governador do Banco de Portugal terminou no domingo e o antigo ministro das Finanças já se mostrou disponível para continuar mais um mandato à frente do banco central.
No domingo, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o Governo vai anunciar a sua decisão sobre este tema após a reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira.
O nome do governador do Banco de Portugal é indicado pelo Governo mas tem de passar pela Assembleia da República para uma audição.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso