O Presidente da República recusou comentar a declaração que fez esta semana, que indicou a possibilidade de uma crise na direita portuguesa.
O Presidente da República disse hoje, em Santarém, estar "feliz" por os partidos estarem "motivados" e acreditarem na "democracia e nas alternativas", escusando-se a comentar a declaração que fez esta semana sobre a crise na direita.
Falando numa visita à Feira Nacional da Agricultura, que hoje começou em Santarém, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se às audiências com os partidos com representação parlamentar que concluiu na sexta-feira sem responder à pergunta sobre se extravasou os seus poderes quando comentou os resultados eleitorais das europeias.
"O Presidente da República é um árbitro e o árbitro não tem que marcar faltas, não tem que intervir se os jogadores em presença disputam a partida em termos de olharem para o fundamental, neste caso, o país, motivados, confiantes, atentos à vontade dos eleitores, querendo que os eleitores acreditem neles, querendo que a abstenção desça e querendo que haja alternativas. Quanto mais isso acontecer, menos o Presidente tem de intervir como árbitro", declarou.
Marcelo disse ter "gostado" de receber os partidos políticos: "Por uma razão muito simples, porque todos os partidos, de todos os quadrantes, estão muito empenhados em valorizar a democracia portuguesa, em, já nas próximas eleições legislativas, criar condições para fortalecer a democracia portuguesa, para criar o que considero fundamental, que são alternativas para os portugueses, que eles possam saber quando votam quais são as alternativas em que podem votar".
O Presidente sublinhou que a sua grande preocupação é garantir a existência de uma "democracia forte", o que só é possível "se houver alternativas fortes e, depois do voto dos portugueses, se houver uma área de Governo forte e uma oposição forte".
"Na medida em que todos querem trabalhar para um sistema forte e equilibrado, fiquei feliz, porque é isso que é a minha grande preocupação e é isso que é o meu grande apelo, porque é isso que permite ao Presidente da República desempenhar o seu papel, feliz com a força da democracia portuguesa", acrescentou.
Questionado sobre se o árbitro pode fazer comentários quanto às equipas, Marcelo Rebelo de Sousa frisou - referindo que foi árbitro enquanto jovem - que "o bom árbitro prefere não ter de intervir".
"De vez em quando chama a atenção de um jogador ou outro para evitar ter de lhe dar cartão amarelo, para ter de evitar marcar faltas, mas o ideal é o árbitro não ter de intervir. Chamar a atenção, mas não ter de intervir e eu estou feliz porque os partidos políticos sem exceção estão motivados, estão determinados, acreditam na democracia e nas alternativas e no equilíbrio do sistema português", declarou.
Marcelo "feliz" por partidos "acreditarem na democracia"
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