Presidente da República recebeu do primeiro-ministro, António Costa, um cachecol da Federação Portuguesa de Futebol com os símbolos olímpicos e paralímpicos, a pensar nas competições desportivas de 2020.
O Presidente da República,Marcelo Rebelo de Sousa, deu esta segunda-feira as "boas festas aoGovernoportuguês e ao Eurogrupo", ao cumprimentar o ministro das Finanças, Mário Centeno, numa alusão à polémica sobre o orçamento da zona euro.
O chefe de Estado falava no final de uma cerimónia em que o Governo, representado pelo primeiro-ministro, António Costa, e pela maioria dos ministros, lhe apresentou votos de boas festas, na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém.
"Devo ser o único Presidente da República que tem a sorte de desejar ao mesmo tempo boas festas ao Governo português e ao Eurogrupo", disse Marcelo Rebelo de Sousa, dirigindo-se para Mário Centeno.
Após cumprimentar os membros do Governo, o Presidente da República posou com eles perante os repórteres de imagem e, enquanto se ajustavam para a esquerda, comentou: "Devo ser o último moicano de direita".
Entretanto, colocou ao pescoço um cachecol oficial da Federação Portuguesa de Futebol, com os símbolos também olímpico e paralímpico, que António Costa lhe ofereceu nesta cerimónia, a pensar nas competições desportivas de 2020.
A esse propósito, os dois trocaram algumas palavras sobre o próximo ano, e o primeiro-ministro falou numa eventual "pré-campanha" de Marcelo Rebelo de Sousa para as eleições presidenciais de 2021, mas o Presidente da República nada respondeu sobre esse assunto.
No sábado, o primeiro-ministro escreveu na sua conta oficial na rede social Twitter que não tem "qualquer divergência" com o ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, e que o orçamento da zona euro tem "mobilizado ativamente" o Governo português.
"Mário Centeno, como lhe compete, apresentou a proposta do Eurogrupo e eu, como me compete, expressei a já conhecida posição nacional. Os trabalhos prosseguirão para termos o orçamento que a zona euro precisa", acrescentou.
Na sexta-feira, em Bruxelas, António Costa tinha admitido "uma divergência" com a proposta de orçamento da zona euro configurada no Eurogrupo, considerando que "a fórmula foi mal desenhada", mas afastou qualquer "constrangimento" com Mário Centeno.
"Não há nenhum constrangimento entre o primeiro-ministro de Portugal e o presidente do Eurogrupo, visto que ao primeiro-ministro de Portugal compete representar os portugueses e os seus interesses e ao presidente do Eurogrupo compete representar a vontade geral do Eurogrupo", argumentou.
No domingo, o Presidente da República desvalorizou a polémica gerada em torno deste tema, argumentando igualmente que António Costa defendeu a posição portuguesa enquanto Mário Centeno foi porta-voz do Eurogrupo, e "nesse grupo ele não é, obviamente, insensível à posição de Portugal, mas há maiorias que se formam".
"Como porta-voz - o presidente é o porta-voz - tem de expor o resultado da opinião maioritária dos ministros das Finanças, mesmo que não concorde", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, salientando que, por outro lado, "o primeiro-ministro, esse, está totalmente livre para defender a posição portuguesa".
Para o chefe de Estado, "cada um cumpre a sua missão" e isso "não é que o ministro das Finanças não pense exatamente o que pensa o primeiro-ministro".
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