Partido despediu cinco trabalhadoras que ainda amamentavam, apesar de defender legislação laboral para grávidas, puérperas e lactantes. Entretanto, várias visadas vieram a público confirmar despedimentos.
"Raramente venho a esta rede. Estou atenta a esta partilha da Érica e louvo-lhe a coragem. Obrigada, Érica. Não tenho capacidade emocional e saúde mental que me permitam, neste momento, fazer o mesmo. Mas confirmo que tudo isto é verdade", lê-se no primeiro tweet.
"Lamento tantos silêncios sobre algo que tanta gente no partido sabe. Lamento q tenhamos de ser nós a reviver a violência que vivemos e a explodir em ansiedade. Espero que, dentro do partido, se apurem as responsabilidades e q se exijam reparações", afirma.
raramente venho a esta rede. estou atenta a esta partilha da érica e louvo-lhe a coragem. obrigada, érica. não tenho capacidade emocional e saúde mental que me permitam, neste momento, fazer o mesmo. mas confirmo que tudo isto é verdade. https://t.co/zqUqKes7UK
Recorde-se que o Bloco de Esquerda desmentiu a notícia da SÁBADO sobre as práticas de despedimento de mulheres lactantes por parte do partido, antes de serem reconfirmadas por três pessoas: duas delas nas redes sociais, e um caso pelo jornal Expresso. A primeira pessoa que veio a público confirmar a notícia da SÁBADO lamentou nas últimas horas ter sido identificada pelo partido numa nota à imprensa.
Depois da publicação feita pelo Bloco de Esquerda na terça-feira, 21, Érica, uma utilizadora da rede social X (antigo Twitter), veio a público afirmar ter sido uma das trabalhadoras despedidas pelo Bloco de Esquerda em 2022. "Fui despedida por telefone enquanto estava a trabalhar na sede nacional", revela, confirmando ser a trabalhadora com um bebé de nove meses dispensada pelo partido. Confirmou ainda o despedimento de uma mulher que ainda estava a gozar da licença de maternidade por ter sido mãe há dois meses. "Decidiram extinguir os postos de trabalho de um homem, uma mulher a amamentar a filha de 9 meses e uma mulher em licença de maternidade com um filho de 2 meses. Ficaram um homem e 2 mulheres sem filhos, com toda a disponibilidade", escreve a utilizadora. Continua dizendo que lhe foi proposto um um falso contrato de trabalho a termo a vigorar até ao fim de 2022 que assinou.
O Bloco terá, inclusive, pedido a funcionárias que estavam a gozar a licença de maternidade para que fizessem trabalhos para o partido, como avançou a SÁBADO e confirmou Érica, tal como confirmou que o partido utilizou um estratatagema de despedimento das mulheres que estavam nos quadros, recorrendo a contratos a prazo fictícios: "Porque uma estava em licença de maternidade e para mim não havia parecer da CITE, foi-nos proposto um falso contrato de trabalho a termo a vigorar até ao fim de 2022. Arrependo-me até hoje, mas a verdade é que assinei qndo queria ir para tribunal de trabalho. Também eu fui hipócrita."
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Pela primeira vez podem trabalhar numa organização até cinco gerações, um facto que, apesar de já por si inédito, não deixa de acrescentar desafios e dificuldades organizacionais, e sociais, particularmente para quem lidera pessoas.
Nenhuma tecnologia, por mais avançada, pode compensar a falta de consciência e responsabilidade humana. O erro humano continua a ser a principal causa de incidentes de segurança — e isso não resulta de má-fé, mas de desinformação e hábitos incorretos.
Raul Proença denunciaria o golpe de 28 de Maio como «um verdadeiro acto de alta traição» no panfleto «A Ditadura Militar. História e Análise de um Crime».