Dez anos após detenção no aeroporto de Lisboa, antigo primeiro-ministro acusa Estado de difamação e faz comparações com Processo Influencer.
Dez anos depois da sua detenção no Aeroporto de Lisboa, José Sócrates acusa o Estado de difamação, de mentir e de mudar a acusação.
O antigo primeiro-ministro, principal arguido da Operação Marquês, assina um texto de opinião publicado no Diário de Notícias em que se diz vítima da "mais formidável campanha de difamação contra um cidadão inocente que alguma vez teve lugar em Portugal: negou o direito de defesa, vigarizou a escolha do juiz do inquérito, violou o segredo de justiça e rejeitou a presunção de inocência".
Primeiro, acusa o Estado português de fraude na escolha do juiz Carlos Alexandre devido ao sorteio manual - apesar de o mesmo juiz ter sido absolvido de abuso de poder relativamente a esta acusação pela Relação de Lisboa, em 2022.
Pedro Catarino
"Depois, nomeado o juiz e já seguros de si, deram início ao vendaval de violência e de abusos que durou os quatro anos de inquérito", afirma José Sócrates.
"Dez anos depois, a decisão instrutória, (que está em vigor, embora sob recurso), considerou que nenhuma das acusações tem mérito para subir a julgamento. Todas elas eram 'fantasiosas' ou 'especulativas' ou 'incongruentes'", critica o antigo primeiro-ministro, que diz ainda que em dez anos, foi alvo de três acusações diferentes, relativamente ao crime de corrupção.
"Dez anos de violência e de arbítrio. Dez anos de prisão na opinião pública. Dez anos em que o sistema criminal português se comportou como na ditadura, prendendo e difamando um inocente, enquanto escolhia o juiz do inquérito que melhor servisse o Ministério Público", diz Sócrates. Finalmente, faz várias críticas ao jornalismo português e compara o Processo Marquês com o Processo Infuencer. "A única diferença face ao recente Processo Influencer é que, há 10 anos, não se esqueceram de escolher o juiz."
Para o antigo primeiro-ministro, o Processo Marquês surgiu com fins políticos: "impedir a minha candidatura a Presidente da República e evitar que o Partido Socialista ganhasse as Eleições Legislativas de 2015."
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