Conselheiro da embaixada de Portugal na África do Sul Manuel Grainha do Vale frisa que a "Justiça tem os seus tempos".
O conselheiro da embaixada de Portugal na África do Sul Manuel Grainha do Vale disse hoje que importa, neste momento, confrontar o ex-banqueiro João Rendeiro com as autoridades sul-africanas, adiantando que "a justiça tem os seus tempos".
Lusa
"O Governo português acompanha este assunto com o interesse que merece, uma vez que se trata de um cidadão português que está foragido da justiça" e, acrescentou: "o que nos parece é que temos de o levar à atuação das autoridades sul-africanas".
"A justiça tem os seus tempos, aí não podemos fazer nada", disse quanto à "rapidez do processo", e as vias que se seguirão, nomeadamente quanto à extradição.
O conselheiro falava à entrada do tribunal de magistratura de Verulam, arredores de Durban, cidade da costa do Índico da África do Sul, onde o ex-banqueiro vai ser ouvido em primeiro interrogatório após a detenção feita no sábado.
Rendeiro, que se encontra nas instalações do tribunal desde as primeiras horas da manhã, "não pediu ajuda" ao Estado português pelas vias diplomáticas na África do Sul, referiu Manuel Grainha do Vale.
O conselheiro e o cônsul honorário português em Durban, Elias de Sousa, apresentaram-se hoje à porta do tribunal "por iniciativa própria" da representação diplomática portuguesa.
"Parece que temos a louvar a atuação das autoridades sul-africanas, que foram muito diligentes neste processo. Isso reflete a boa cooperação entre a África do Sul e Portugal", acrescentou.
O ex-banqueiro João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.
João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.
O ex-presidente do extinto Banco Privado Português (BPP) foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do banco, tendo o tribunal dado como provado que João Rendeiro retirou do banco 13,61 milhões de euros.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.
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