Carlos Silva Santiago, presidente da câmara de Sernancelhe, suspendeu o mandato para integrar as listas da AD, mas é suspeito num concurso público duvidoso. Ministério Público abriu inquérito e a Polícia Judiciária investiga.
O Ministério Público está a investigar um estranho concurso público da câmara de Sernancelhe. O presidente da autarquia, o social democrata Carlos Silva Santiago, que agora suspendeu o mandato para se candidatar a deputado nas listas da AD (Aliança Democrática) pelo distrito de Viseu, é visado neste inquérito que investiga suspeitas de prevaricação e abuso de poder.
Ainda sem arguidos, o processo visa também os membros do júri do concurso que terminou com o autarca de Sernancelhe a adjudicar um contrato de exploração lúdica da zona fluvial, junto aos passadiços do Távora a um concorrente que nem sequer tinha licença para navegar. Um requisito sem o qual nem poderia ser admitido a concurso.
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu anulou o polémico concurso e enviou o caso para a Polícia Judiciária. Mas o autarca desvaloriza e diz mesmo que se está "a marimbar" para o inquérito crime. Já os candidatos preteridos abriram uma guerra na justiça e garantem que se tratou de um concurso manipulado.
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Lurdes e Miguel, os candidatos lesados, acreditam que foram preteridos no concurso por motivos de vingança. Um autarca do PSD que integrou o júri do concurso assume conflitos pessoais na justiça com o marido da candidata mas não se declarou impedido e até participou nas deliberações.
Já o presidente da câmara, que agora concorre a deputado nas listas da AD, garante que desconhece os pormenores do concurso, apesar de ter assinado todos os despachos, incluindo os de adjudicação. Carlos Silva Santiago chama o lesado de "tontinho" e diz que se for chamado pela justiça não terá qualquer problema porque, e cito, "ser arguido até dá estatuto".
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