A autarquia está agora a "fazer um levantamento dos diversos prejuízos para comunicar às diferentes entidades governamentais", não sendo possível apontar um prazo para a contabilização estar concluída.
O incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês consumiu "mais de 7.500 hectares" daquela zona natural protegida, há "prejuízos avultados" em várias áreas e animais sem pasto, disse esta segunda-feira o presidente da Câmara de Ponte da Barca.
"A nossa zona de parque foi quase toda consumida. A Serra Amarela e as zonas à volta ficaram todas queimadas. Somando os hectares que arderam no nosso concelho aos de Terras de Bouro, foram consumidos mais de 7.500 hectares no PNPG", adiantou Augusto Marinho, presidente da autarquia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.
O autarca explicou que vai ser preciso "restabelecer os habitats, de modo a recuperar o património natural" perdido no incêndio que começou a 26 de julho, mas, no imediato, é preciso resolver outra "situação muito urgente" dos animais que ficaram sem pasto.
"É preciso desenvolver mecanismos para terem condições para os alimentar", explicou.
A autarquia está, por isso, a "fazer um levantamento dos diversos prejuízos para comunicar às diferentes entidades governamentais", não sendo possível apontar um prazo para a contabilização estar concluída, disse.
"Ainda estamos muito focados a resolver problemas essenciais, como o abastecimento de água, porque algumas tubagens foram queimadas pelo fogo e esta manhã uma aldeia estava sem água", observou.
Os prejuízos, disse Augusto Marinho, "são diversos", abrangendo "animais que morreram, colmeias destruídas e infraestruturas como ‘rails’ ou vias de acesso".
Também o turismo teve "muitos prejuízos", com sítios onde as reservas foram "canceladas a 100%".
Apesar de o fogo ter sido dominado no domingo e estar ainda "em resolução", o autarca manifesta-se preocupado com a "necessidade de vigilância permanente e muito apertada, porque os reacendimentos podem ser perigosos".
"O fogo é muito traiçoeiro e na noite de domingo ardeu uma casa devoluta na aldeia de Mosteirô, freguesia de Britelo, e em Lourido uma frente de fogo ameaçava a aldeia e a população saiu, com o receio. Não houve ordem das autoridades e regressaram pouco tempo depois, mas isto mostra a ameaça que o fogo representa e o receio das pessoas", vincou.
O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) foi criado em 1971 e é gerido pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Ocupa uma área com cerca de 70 mil hectares, distribuídos por cinco concelhos: Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca (Viana do Castelo), Terras de Bouro (Braga) e Montalegre (Vila Real).
De acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 11:30 de hoje o fogo que deflagrou a 26 de julho mobilizava 393 operacionais, apoiados por 128 viaturas e dois meios aéreos.
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