
Quase 2 mil operacionais e 15 meios aéreos combatiam incêndios às 15h
O incêndio numa zona de mato em Vila Real, que deflagrou no sábado pelas 23h45 e que se mantém ativo, era o que mobilizava o maior número de meios de combate.
O incêndio numa zona de mato em Vila Real, que deflagrou no sábado pelas 23h45 e que se mantém ativo, era o que mobilizava o maior número de meios de combate.
A autarquia está agora a "fazer um levantamento dos diversos prejuízos para comunicar às diferentes entidades governamentais", não sendo possível apontar um prazo para a contabilização estar concluída.
Portugal continental entrou hoje em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou no sábado a ministra da Administração Interna. O alerta vigora até quinta-feira.
O incêndio que começou há mais de uma semana foi dado como dominado esta manhã, explicou o comandante durante o ponto da situação.
De acordo com o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 13:50 encontravam-se mobilizados para este incêndio 582 operacionais, apoiados por 195 viaturas e três meios aéreos.
De acordo com a ANEPC, às 17h de hoje, havia 61 incêndios ativos e 53 em fase de resolução ou conclusão.
Seis incêndios (considerados "ocorrências significativas") são os mais preocupantes no continente: três fogos em curso, em Moimenta da Beira, Vila Verde e Ponte da Barca, e três outros em resolução, em Arouca, Carregal do Sal e Penafiel.
"A dimensão, o número e os focos de incêndios que há não permitem que, nomeadamente os meios aéreos, possam estar em todo o lado ao mesmo tempo", diz o Governo.
"É um incêndio extremamente complexo, que nos causa grandes problemas do ponto de vista de orografia, falta de acessos", disse aos jornalistas o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, ao fazer o balanço diário dos incêndios rurais em Portugal continental.
O primeiro-ministro adiantou ainda que o Governo, através do ministro da Economia e da Coesão Territorial, já está a "criar condições para o apoio posterior à resolução destes incêndios, para que as pessoas possam recuperar rapidamente as condições para terem as suas vidas normalizadas".
O incêndio começou no sábado à noite em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, e alastrou na quarta-feira ao concelho de Terras de Bouro, Braga.
Já arderam quase 30 mil hectares este ano em mais de 4.500 incêndios, segundo dados provisórios disponibilizados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Os quatro principais incêndios a lavrar em Portugal continental estavam por volta das 05:00 a ser combatidos por 1.317 operacionais, apoiados por 442 viaturas.
Ao todo, o presidente da Câmara estima que estejam em risco cerca de 70 habitações, contando com as de residentes, mas também as de turismos rural e de emigrantes.
Às 16h, de acordo com a GNR, registavam-se cortes na Estrada Nacional 18 (EN18), no distrito de Portalegre entre Vila Velha de Ródão e Nisa e na Autoestrada 41 (A41), nos dois sentidos, entre Paços de Ferreira e Espinho, no distrito do Porto.
"É provável que hoje não consigam. O helicóptero tem de ficar no local. Irá ser substituído durante o dia de hoje ou na manhã de amanhã [quinta-feira] por outro helicóptero", informou o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez.