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Com uma longa lista de subscritores, o movimento Hora de Agir apresenta-se praticamente nas vésperas da manifestação de 25 de fevereiro, que está a ser organizada por outro coletivo, o Vida Justa, que também junta figuras ligadas ao BE, ao PCP e a várias associações com ativismo em bairros periféricos.
Depois do Vida Justa, há mais um movimento a organizar protestos contra a inflação. Chama-se Hora de Agir e vai para as ruas esta sexta-feira.
D.R.
O manifesto começa como um desabafo. "Salários e pensões que terminam antes do fim de cada mês, contratos temporários e precários, aumentos inconcebíveis nos combustíveis, na electricidade, no gás, nos produtos e bens de primeira necessidade e nas compras de supermercado, a especulação imobiliária que impossibilita a compra ou o arrendamento. Perante tudo isto, a indiferença de quem manda e de quem pode inferniza-nos a vida. Estamos fartos disto".
É assim que se apresenta o movimento Hora de Agir, que está a organizar duas vigílias, uma em Lisboa, no Largo de Camões, e outra no Porto, em frente à Câmara Municipal, esta sexta-feira às 19h.
Com uma longa lista de subscritores, onde há vários nomes ligados ao BE, como Pedro Soares, Mário Tomé, António Chora e Carlos Marques, o movimento apresenta-se praticamente nas vésperas da manifestação de 25 de fevereiro, que está a ser organizada por outro coletivo, o Vida Justa, que também junta figuras ligadas ao BE, ao PCP e a várias associações com ativismo em bairros periféricos.
"Estão a surgir várias coisas. É um bom sinal. É sinal que a sociedade se está a mexer", comenta à SÁBADO um dos subscritores do manifesto e ex-deputado do BE, Pedro Soares.
De resto, Soares - que faz parte da plataforma Convergência, que representa a oposição interna no BE - nota que entre os signatários do movimento Hora de Agir estão pessoas que também apoiam o Vida Justa, como Mário Tomé e Carlos Marques, ambos ligados à Convergência.
Se no manifesto do Vida Justa há um apelo claro à participação dos habitantes dos bairros mais periféricos, no Hora de Agir há uma mensagem dirigida às mulheres.
"Os quotidianos das mulheres estão marcados pelos efeitos da carestia, da precariedade, do desemprego, das violências que se acentuam com as dificuldades da vida. Quotidianos sem esperança de mudança, mas a quem dizemos: É possível reagir. É possível dizer Não!", lê-se no manifesto, que pede também uma transição energética para fazer face ao aumento de preços de energia.
"Sobre um caldeirão em ebulição, sentem-se os efeitos de uma guerra dilacerante na Europa. As grandes potências continuam a colocar num plano perfeitamente secundário a prioridade à paz e a emergência climática em que o mundo vive, com a ausência de resposta às emissões de GEE, sem soluções efetivas para uma transição energética justa", reclamam os signatários, atacando o Governo por continuar "obcecado com a política do défice e das contas certas, sem se preocupar com o aumento da pobreza para 23% da nossa população (mais de 2 milhões de pobres), do desemprego, da precariedade e das injustiças sociais (pessoas sem teto, subnutridas, sem recursos para pagar medicamentos e para se aquecerem – não esquecer que em Portugal quase 700 mil pessoas vivem em pobreza energética severa)".
Neste cenário, o movimento Hora de Agir admite que "há pessoas em precariedade e pobreza que têm medo de manifestar-se por receio de retaliações ou de perder o pouco que lhes resta ou acharem que nem vale a pena", mas apela à mobilização.
"Não deixemos que o medo e o desalento sufoquem os gritos de protesto, pois só a ação coletiva poderá trazer melhorias e vitórias nesta luta desigual", defendem.
O movimento Hora de Agir defende o "congelamento de rendas e de preços dos bens essenciais, para exigir aumentos de salários e pensões", serviços públicos de qualidade, justiça social, laboral e climática.
"Queremos ter direito à vida! Estamos fartos e esta é a hora de agir! O espaço público é o nosso espaço de liberdade e de luta!", escrevem.
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