"Não se pode pôr de parte a possibilidade de algum descontrolo na queimada, uma vez que esta tarde havia algum vento e que as temperaturas também estão elevadas para o que é habitual nesta época do ano", comentou o presidente da Câmara sobre o caso.
Florbela Silva identificou a vítima como sendo um homem de 75 anos e descreveu-o como "um homem responsável, muito cuidadoso, que era experiente na realização de queimadas, ia muitas vezes à Junta pedir autorização para elas e tinha inclusive permissão para a que estaria a fazer hoje no seu terreno".
Embora residente em Arouca, a vítima terá adquirido terras em Macieira de Sarnes há alguns anos e, segundo a presidente da Junta, revelava particular esmero no cuidado da sua propriedade, já que "era conhecido por diariamente se deslocar à freguesia para proceder à limpeza do terreno".
Por isso mesmo, Florbela Silva considerou que "é ainda mais de lamentar" o acidente para cuja origem admite pelo menos duas hipóteses: ou incapacidade do proprietário para reagir a "alguma mudança de vento brusca", por exemplo, ou doença súbita que tenha acometido o idoso durante aqueimada, o que explicaria que essa tenha ficado inesperadamente sem supervisão.
Joaquim Jorge Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, também admitiu essas duas possibilidades para o fogo que, já em fase avançada de rescaldo, chegou a envolver o trabalho de 56 homens e 19 viatura das corporações de Fajões, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Arrifana, Vale de Cambra e Santa Maria da Feira - e também da GNR, do INEM e da Polícia Judiciária, à qual compete agora investigar a morte de Abel Santos.
"Não se pode pôr de parte a possibilidade de algum descontrolo na queimada, uma vez que esta tarde havia algum vento e que as temperaturas também estão elevadas para o que é habitual nesta época do ano", admitiu o autarca. "Mas se a vítima teve um ataque cardíaco, por exemplo, o resultado seria o mesmo e daí não podermos falar com ânimo leve de negligência antes de a investigação ficar concluída", defendeu.
Para Joaquim Jorge Ferreira, a conclusão a retirar desta "situação triste", pelo menos "por enquanto, é que mesmo a mais simples das queimadas obriga sempre a grande cuidado e muita atenção".
Homem que morreu em fogo de Azeméis era "experiente" e tinha autorização para queimada
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São cada vez mais escassas as expectativas de progressão profissional com aumento de rendimentos e melhores condições de trabalho nas presentes condições do mercado laboral.
Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.
Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.