O fogo, a cinza, o pó – humildade e desastre
Os incêndios, a violência do fogo — o que nos ensinam, para além do horror e da destruição - é um pouco isto: o Império e o Imperador são pó levantado. Serão, pois, um dia pó deitado.
Os incêndios, a violência do fogo — o que nos ensinam, para além do horror e da destruição - é um pouco isto: o Império e o Imperador são pó levantado. Serão, pois, um dia pó deitado.
Figura histórica do FC Porto, onde como jogador ganhou oito campeonatos e duas competições europeias, Jorge Costa era atualmente o diretor do futebol profissional dos dragões. Morreu esta terça-feira.
Portugal continental entrou hoje em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou no sábado a ministra da Administração Interna. O alerta vigora até quinta-feira.
"Na próxima semana, o Governo vai avaliar a situação e definir os termos do apoio. Eu não venho para aqui com um livro de cheques na mão para passar um cheque. O que vamos é ser muito rápidos a definir os termos do apoio. Já na próxima semana isso será feito", assegurou o ministro da Economia e da Coesão Territorial.
Seis incêndios (considerados "ocorrências significativas") são os mais preocupantes no continente: três fogos em curso, em Moimenta da Beira, Vila Verde e Ponte da Barca, e três outros em resolução, em Arouca, Carregal do Sal e Penafiel.
"A dimensão, o número e os focos de incêndios que há não permitem que, nomeadamente os meios aéreos, possam estar em todo o lado ao mesmo tempo", diz o Governo.
Apesar de dominado, este incêndio, que tinha alastrado para os concelhos vizinhos de Castelo de Paiva e Cinfães, mobilizava 426 operacionais e 157 meios terrestres às 7h.
"É um incêndio extremamente complexo, que nos causa grandes problemas do ponto de vista de orografia, falta de acessos", disse aos jornalistas o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, ao fazer o balanço diário dos incêndios rurais em Portugal continental.
O primeiro-ministro adiantou ainda que o Governo, através do ministro da Economia e da Coesão Territorial, já está a "criar condições para o apoio posterior à resolução destes incêndios, para que as pessoas possam recuperar rapidamente as condições para terem as suas vidas normalizadas".
Os quatro principais incêndios a lavrar em Portugal continental estavam por volta das 05:00 a ser combatidos por 1.317 operacionais, apoiados por 442 viaturas.
Porém, a Câmara apela a que as pessoas mantenham "uma atitude vigilante" e para que não "adotem qualquer comportamento de risco".
Às 16h, de acordo com a GNR, registavam-se cortes na Estrada Nacional 18 (EN18), no distrito de Portalegre entre Vila Velha de Ródão e Nisa e na Autoestrada 41 (A41), nos dois sentidos, entre Paços de Ferreira e Espinho, no distrito do Porto.
O alerta para este fogo foi dado ao início da tarde de terça-feira e levou à retirada de habitantes de aldeias do concelho, nomeadamente Vinagra, São Simão e Pé da Serra.
O incêndio em Alcanede, cujo alerta foi dado ao início da tarde de terça-feira, foi dominado pelas 4h10. O incêndio de Aranhas, Penamacor, foi dado como dominado cerca das 0h50.
Com até 2.000 operacionais ativos a combater sete focos no norte e centro do País, as perspetivas são de que a situação piore nas próximas semanas, diz Xavier Viegas.
O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, indicou que foram assistidas 20 pessoas, incluindo 14 bombeiros.