O Chefe do Estado-Maior da Armada fez o anúncio na manhã desta quinta-feira durante uma missa campal. O capelão não voltará aos fuzileiros, indo prestar serviço na base do Alfeite.
O capelão Licínio Luís, que perguntou se Gouveia e Melo "nunca bebeu uns copos", no âmbito das agressões mortais ao polícia Fábio Guerra, e que tinha sido exonerado de funções, vai ser reintegrado na base do Alfeite, avança o Diário de Notícias.
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Foi "anunciada a reintegração do capelão Licínio Luís, que será colocado na Base Naval de Lisboa, onde prosseguirá o desempenho de funções", lê-se numa nota da Marinha.
O anúncio foi feito durante uma visita do Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Gouveia e Melo, ao campo de Pinheiro da Cruz, Grândola, onde a força de fuzileiros realiza um exercício militar.
Na ocasião, foi celebrada uma missa campal de sétimo dia "de homenagem ao agente da PSP Fábio Guerra, pelo Bispo das Forças Armadas, D. Rui Valério, e do Capelão Chefe da Marinha, capitão-de-mar-e-guerra Ilídio Costa", cerimónia que contou "com a presença de todos os vice-almirantes da Marinha".
O agente Fábio Guerra morreu no passado dia 21 de março devido às "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior de uma discoteca, sendo que dois dos alegados agressores são fuzileiros da Marinha, que estão em prisão preventiva.
O capelão Licínio Luís tinha sido exonerado na sequência de críticas públicas dirigidas a Gouveia e Melo, depois de o CEMA ter proferido uma intervenção dura para com o corpo de fuzileiros, ao declarar que não quer "arruaceiros" na Marinha, nem militares "sem valores".
Na quarta-feira, fonte da Marinha disse à Lusa que o capelão Licínio Luís "foi exonerado face à posição que tomou e os termos em que a manifestou" mas está "profundamente arrependido" e "já pediu desculpas pessoais em audiência e retratou-se publicamente".
Por estas razões, o Chefe do Estado-Maior da Armada estaria "a pensar ainda o que fazer", a "refletir muito sobre o assunto", com o objetivo de "ser ético e justo".
As críticas do capelão foram tornadas públicas na terça-feira, pelo jornal Expresso, que noticiou que Licínio Luís fez uma publicação na rede social ‘Facebook´ a apelar Gouveia e Melo que "aguarde pela justiça" antes de julgar os dois fuzileiros detidos preventivamente e a questionar se o CEMA "nunca foi para a noite" e se "nunca bebeu uns copos".
Hoje, na cerimónia em Pinheiro da Cruz, o Chefe do Estado-Maior da Armada dirigiu-se à Força de Fuzileiros destacando, na preparação para mais uma missão ao serviço da NATO, "o profissionalismo, a entrega, a disciplina e a dedicação desta força de elite da Marinha".
A força de Fuzileiros é comandada pelo capitão-tenente João Gomes Goulart e constituída por 212 militares.
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