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Fernando Medina e Duarte Cordeiro recusam acusações de pacto com PSD na CML

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 24 de maio de 2023 às 14:43
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Os atuais ministros foram apontados como suspeitos de vários crimes de corrupção, prevaricação e abuso de poder no âmbito do processo Tutti Frutti.

Fernando Medina e Duarte Cordeiro garantem que nunca participaram em nenhum pacto com o PSD e que nunca foram notificados ou ouvidos pelo Ministério Público neste ou em qualquer outro caso.

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Os atuais ministros foram apontados comosuspeitos de vários crimes de corrupção, prevaricação e abuso de podernuma série de documentos do proceso Tutti Frutti ontem divulgados pela TVI/CNN. Os alegados crimes datam de quando Fernando Medina era presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Duarte Cordeiro vice-presidente.

O gabinete de Fernando Medina publicou um comunicado em resposta à notícia onde garante: "Não firmei, participei ou tive conhecimento de qualquer ‘pacto secreto’ ou entendimento pré-eleitoral com o PSD nas autárquicas de 2017 ou quaisquer outras eleições. A insinuação do contrário é falsa."

Sobre a contratação de Filipe Abreu Nunes para auxiliar Fernando Medina na preparação dos seus comentários públicos feita com a utilização de fundos camamrários o atual ministro das Finanças afirma: "Não contratei assessoria específicas às minhas participações na comunicação social, nem foi celebrado qualquer contrato ou avença pelo valor mensal referido".

Em forma de conclusão, Fernando Medina defende: "Não concedi qualquer tratamento de favor a qualquer pessoa, entidade ou instituição. A insinuação do contrário é falsa".

Duarte Cordeiro classificou as informações vindas a público como "falsas, fantasiosas e caluniosas".

Esta quarta-feira de manhã o ministro do Ambiente falou aos jornalistas à entrada do Museu do Oriente e defendeu que "há cinco anos que ouve insinuações não fundadas e nenhum facto", o que tem vindo a "fragilizar a democracia portuguesa". Duarte Cordeiro espera "serenamente que o Ministério Público se pronuncie".  

"PS não só não celebrou qualquer entendimento com o seu adversário mas fez sim acordos coligatórios com outros partidos e movimentos de cidadãos", relembrou ainda.

Os primeiros factos da operação Tutti Frutti foramdivulgados pela SÁBADO em junho de 2018. Nessa época, a Polícia Judiciária dava início às buscas ao PS e PSD de Lisboa e aos serviços centrais da Câmara Municipal de Lisboa. As suspeitas de crimes económico-financeiros decorrentes da contratação de pessoal e da adjudicação direta de serviços a empresas ligadas a dirigentes políticos sobretudo do PSD, tiveram por base cinco denúncias anónimas feitas em 2016.

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