Sábado – Pense por si

Fenprof critica 'rankings' por estigmatizarem escolas e hierarquizarem alunos

Este é o 25.º ano em que são conhecidos 'rankings', que passaram a ter várias análises de dados, que vão além da clássica lista de estabelecimentos de ensino ordenados tendo em conta apenas a média dos alunos nos exames nacionais.

A Federação Nacional dos Professores criticou esta sexta-feira, 04, a divulgação de vários 'rankings' de escolas, por considerar que "seriam e estigmatizam" os estabelecimentos de ensino, "hierarquizam e eliminam" alunos e desprestigiam o trabalho docente.

exames nacionais
exames nacionais João Miguel Rodrigues 

A maior estrutura sindical representativa dos professores voltou hoje a criticar a divulgação por parte da comunicação social de análises feitas aos resultados dos alunos nos exames nacionais e notas internas do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

Este é o 25.º ano em que são conhecidos 'rankings', que passaram a ter várias análises de dados, que vão além da clássica lista de estabelecimentos de ensino ordenados tendo em conta apenas a média dos alunos nos exames nacionais.

Os números passaram a mostrar também o trabalho feito nas escolas com os alunos mais carenciados, que habitualmente têm mais dificuldades académicas, assim como as escolas em que todos os estudantes conseguem fazer o seu percurso sem chumbar e este ano, pela primeira vez, mostram os resultados médios dos alunos estrangeiros.

No entanto, a Fenprof defende que, "apesar de envoltos numa aura de rigor, exigência e tecnologia, os 'rankings' seriam e estigmatizam escolas através de exames nacionais que hierarquizam e eliminam alunos; desprestigiam o trabalho das escolas e dos professores através de exames nacionais que desprezam a aprendizagem saudável e a avaliação contínua; promovem a competição através de exames nacionais que estimulam o individualismo". 

Para a federação, os 'rankings' têm como única intenção "reforçar o preconceito ideológico de que o privado é bom e o público é mau e assim engordar o negócio da educação, também à custa do Estado".

Numa nota hoje enviada aos órgãos de comunicação social, a Fenprof volta a saudar todos os docentes que "diariamente, continuam a pugnar por uma educação e escola de qualidade para todos".

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.