Em 2014, Manuel Godinho foi condenado no Tribunal de Aveiro a 17 anos e meio de prisão por 49 crimes.
O sucateiro Manuel Godinho, arguido do processo Face Oculta, sofreu nova derrota no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e já só pode recorrer ao Constitucional para evitar a cadeia, disse hoje fonte do escritório de advogados que o representa.
Em declarações à Lusa, a mesma fonte esclareceu que o STJ indeferiu a arguição de nulidade por omissão de pronúncia do acórdão daquele mesmo tribunal de 19 de novembro, que tinha negado provimento ao recurso contra o cúmulo jurídico realizado pelo Tribunal de Aveiro.
No entanto, adiantou que "isso não significa que as coisas estejam encerradas", porque "estão suscitadas questões de constitucionalidade".
É por isso expectável que nos próximos dias venha a ser interposto recurso no Tribunal Constitucional (TC), com efeitos suspensivos, o que evitará a ida imediata de Godinho para a cadeia.
"O recurso para o Supremo foi admitido com efeitos suspensivos, o que quer dizer que, necessariamente, um recurso que venha a ser interposto para o TC também terá efeitos suspensivos", explicou a mesma fonte.
Em 2014, Manuel Godinho foi condenado no Tribunal de Aveiro a 17 anos e meio de prisão, no âmbito do processo Face Oculta, por 49 crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, furto qualificado, burla, falsificação e perturbação de arrematação pública.
O empresário de Ovar recorreu para a Relação do Porto, que reduziu a pena para 15 anos e 10 meses, e voltou a recorrer, desta feita para o STJ, que diminuiu a pena para os 13 anos de prisão.
Entretanto, o Tribunal de Aveiro declarou prescritos vários crimes pelos quais foi condenado, tendo fixado em 12 anos de prisão o novo cúmulo jurídico.
Além de Manuel Godinho, também o sobrinho Hugo Godinho, que tem uma pena de quatro anos e cinco meses de prisão efetiva para cumprir, encontra-se em liberdade a aguardar uma decisão do recurso para o TC.
Atualmente, há seis arguidos do processo Face Oculta que estão a cumprir pena de prisão, incluindo o ex-ministro Armando Vara (cinco anos), o ex-presidente da REN José Penedos (três anos e três meses) e o filho Paulo Penedos (quatro anos).
O processo Face Oculta, que começou a ser julgado em 2011, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e privadas.
O julgamento na primeira instância terminou com a condenação de 11 arguidos a penas efetivas entre os quatro anos e os 17 anos e meio, mas três deles acabaram por ver a execução da pena suspensa, após recurso para o Tribunal da Relação do Porto.
Face Oculta: Godinho perde recurso no Supremo mas ainda pode recorrer para o Constitucional
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.