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Espião russo queria ter nacionalidade portuguesa

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 05 de abril de 2023 às 08:00

Sergey Cherkasov, o agente dos serviços de informações militares russos que tentou infiltrar-se no Tribunal Penal Internacional sob a identidade de Victor Muller Ferreira, tinha quase tudo pronto para pedir a nacionalidade portuguesa. A informação é revelada pelo agente do FBI que investigou o caso e que acusou o espião nos EUA.

Um mês antes de ser impedido de entrar na Holanda e reenviado de volta ao Brasil, onde viria a ser preso e condenado a 15 anos de prisão por fraude documental, Sergey Cherkasov, um espião do GRU, dos serviços de informações militares russos, tinha um plano: obter a nacionalidade portuguesa para se candidatar a um lugar definitivo no Tribunal Penal Internacional, em Haia, onde tinha sido admitido para um estágio não remunerado de seis meses. Foi essa a conclusão a que chegou o agente do Federal Bureau of Investigation (FBI) que analisou os documentos e emails apreendidos a Cherkasov no Brasil e que, no fim do mês passado indiciou o russo por crimes de espionagem cometidos nos Estados Unidos.

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