Os três estreantes elegeram um deputado cada, tendo o Chega sido o mais votado, com 66.442 votos a nível nacional, correspondentes a 1,30%.
Três forças políticas conseguiram representação parlamentar pela primeira vez nas eleições legislativas de domingo - Chega, Iniciativa Liberal e Livre, com um deputado cada um - e a Assembleia da República vai ter um número recorde de dez partidos.
O número de partidos com assento parlamentar já tinha aumentado na anterior legislatura, de seis para sete, com a eleição de um deputado pelo PAN, que agora passa a ter uma bancada com quatro elementos. Apenas na Assembleia Constituinte tinha havido igual número de forças políticas representadas.
Agora, em vez de sete partidos, a Assembleia da República passa a ter dez, um número inédito, embora três deles sem um grupo parlamentar, tendo em conta os resultados do território nacional, já apurados, numa altura em que estão ainda por atribuir os quatro deputados eleitos pelos círculos da Europa e de Fora da Europa.
O maior grupo parlamentar será o do PS, que elegeu 106 deputados - mais 20 do que em 2015 - com 1.866.407 votos no território nacional, 36,65% do total. O PSD passa de primeira a segunda maior bancada, com 77 lugares - há quatro anos elegeu 89 em listas conjuntas com o CDS-PP - obtidos com 1.420.553 votos, correspondentes a 27,90%.
O BE, com 492.487 votos, 9,67%, mantém-se a terceira maior força política no parlamento, com 19 mandatos, os mesmos que tinha conseguido em 2015. A CDU (PCP/PEV) obteve 329.117 votos, 6,46% do total, e os comunistas continuarão com o quarto maior grupo parlamentar, mas com 10 em vez dos anteriores 15 deputados.
O CDS-PP teve 216.448 votos em território nacional, 4,25% do total, e passa dos 18 deputados eleitos na coligação com o PSD Portugal à Frente para apenas cinco. O PAN, 166.854 votos, 3,28%, sobe de um para quatro lugares, ultrapassando o PEV, que volta a ter uma bancada com dois deputados eleitos nas listas da CDU pelos círculos de Lisboa e de Setúbal.
Os três estreantes elegeram um deputado cada, tendo o Chega sido o mais votado, com 66.442 votos a nível nacional, correspondentes a 1,30%, enquanto a Iniciativa Liberal teve 65.545 votos, 1,29% do total, e o Livre 55.656 votos, 1,09% do total. Destes, só o Livre tinha concorrido há quatro anos, obtendo 39.330 votos, 0,73%, sem conseguir qualquer mandato.
Estas foram as dez forças políticas que repartiram os 226 deputados eleitos pelos círculos distritais de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira nas eleições legislativas de domingo, em que se registou uma abstenção também recorde de 54,50% em território nacional.
Outra força política estreante em legislativas, a Aliança, do antigo presidente do PSD e primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, ficou-se pelos 39.316 votos, 0,77%, sem nenhum eleito. O R.I.R. não chegou igualmente a 1% de votos, assim como PCTP/MRPP, PNR, MPT, Nós, Cidadãos!, PURP, JPP, PDR, PPM, PTP e MAS, que completam a lista de 21 forças políticas que se candidataram a estas eleições legislativas.
Eleições: Parlamento com número recorde de dez partidos
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar