Vice-presidente social-democrata participou nas Festas Nicolinas de Guimarães.
O PCP e o PSD trocaram hoje 'farpas' sobre o cumprimento das regras impostas pela pandemia de covid-19 no congresso dos comunistas e nas Festas Nicolinas de Guimarães, nas quais participou um vice-presidente social-democrata.
Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, defendeu a opção do partido em realizar o seu XXI Congresso Nacional durante o estado de emergência - no último fim de semana, em Loures - "num tempo que para alguns deveria ser de confinamento dos direitos e até da sua liquidação em definitivo", salientando que foram cumpridas todas as regras.
No entanto, o vice-presidente da bancada do PSD Carlos Peixoto insistiu em criticar a realização da reunião magna do PCP, dizendo que num fim de semana em que "a maioria dos portugueses estavam obrigados a estar dentro de casa" e não podiam atravessar concelhos, os comunistas "andavam em roda viva".
"Quanto ao congresso, mais do mesmo, o mesmo líder, a mesma ideologia, os mesmos preconceitos, um partido rendido ao PS na Assembleia da República e no país", criticou, dizendo que socialistas e comunistas são "quase almas gémeas".
Na resposta, João Oliveira disse que, perante estas críticas, ficou "na expectativa" de saber o que o partido irá fazer em relação ao seu vice-presidente André Coelho Lima, que participou em Guimarães no passado fim de semana "num ajuntamento sem quaisquer regras sanitárias", por ocasião das Festas Nicolinas da cidade.
André Coelho Lima é vice-presidente de Rui Rio, membro da direção do partido que tanto criticou os comunistas por realizarem a Festa do Avante e o Congresso. Mas, no dia em que o PCP realizava o seu Congresso em Loures - apesar das críticas da direita -, cumprindo todas as regras sanitárias, Coelho Lima estava no meio de uma multidão que furou todas as recomendações para evitar o contágio com covid-19.
André Coelho Lima é vice-presidente de Rui Rio, membro da direção do partido que tanto criticou os comunistas por realizarem a Festa do Avante e o Congresso. Mas, no dia em que o PCP realizava o seu Congresso em Loures - apesar das críticas da direita -, cumprindo todas as regras sanitárias, Coelho Lima estava no meio de uma multidão que furou todas as recomendações para evitar o contágio com covid-19.
"Se as propostas do PCP tivessem acolhimento, aquela realização de Guimarães teria tido condições de segurança sanitária, sem que fosse posta em causa a saúde pública", assegurou.
Pelo PS, o vice-presidente da bancada João Paulo Correia saudou a realização do Congresso do PCP, que disse ter sido acompanhado pelos socialistas "de forma atenta e interessada", até pela sua realização logo a seguir à viabilização do Orçamento do Estado para 2021, com a abstenção dos comunistas.
"Metade dos orçamentos desta legislatura estão cumpridos, coloca-se o grande desafio de continuar a cumprir esta ponte de diálogo", afirmou.
Na resposta, João Oliveira assegurou, tal como PCP fez no seu Congresso, que o partido "não deixará de contribuir e contar para soluções" que sejam positivas para o país.
"Mas não deixará de bater-se por objetivos mais avançados, que constituem uma verdadeira política alternativa, patriótica e de esquerda", afirmou.
Na sua declaração política inicial, João Oliveira tinha defendido que "Portugal tem futuro", mas "com uma alternativa política aos governos de PS, PSD e CDS".
No final do debate, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, fez questão de se associar à saudação do congresso do PCP "e em especial" à reeleição de Jerónimo de Sousa como secretário-geral dos comunistas.
"Deputado desde 1975, desde a Assembleia Constituinte, é sempre um orgulho vê-lo em altos cargos no seu partido", afirmou, numa declaração aplaudida por deputados da bancada do PS.
Covid-19: PCP e PSD trocam "farpas" sobre cumprimento de regras no Congresso e em Guimarães
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