O arguido, de 30 anos, foi ainda condenado à proibição de conduzir por um prazo de dois anos, após o cumprimento da pena.
O Tribunal da Guarda condenou hoje a três anos de prisão efectiva o condutor de um veículo ligeiro que, em Janeiro deste ano, atropelou mortalmente duas mulheres, numa avenida daquela cidade.
O arguido, de 30 anos, foi condenado na pena de quatro anos de prisão por dois crimes de homicídio por negligência grosseira, mas em cúmulo jurídico o colectivo de juízes do Tribunal da Guarda aplicou a pena de três anos de prisão efectiva.
O condutor foi ainda condenado à proibição de conduzir por um prazo de dois anos, após o cumprimento da pena, e foi absolvido de um crime de condução perigosa de veículo rodoviário agravado pelo resultado.
A companhia de seguros do veículo envolvido no acidente vai pagar uma indemnização global de 215 mil euros aos familiares das vítimas mortais, com 71 e 78 anos.
No final da leitura da sentença, o advogado de defesa do arguido, José Igreja, disse aos jornalistas que, em sua opinião, a pena devia de ser suspensa.
Por isso, referiu que irá estudar a decisão e "verificar se haverá alguma razão para recorrer".
"Penso que sim, que haverá essa hipótese. Tentarei sempre que o Tribunal da Relação de Coimbra verifique a prova e se é melhor ou não a suspensão da pena", concluiu.
O acidente aconteceu no dia 21 de Janeiro de 2018, pelas 16:45, numa curva da Avenida Cidade de Bejar, que faz a ligação entre a Guarda-Gare e o centro da cidade, no sentido ascendente.
Segundo a acusação, o arguido circulava "pelo menos, a 90,04 quilómetros por hora" e não conseguiu efectuar a curva "na totalidade", atropelando mortalmente as duas mulheres.
O documento refere que o piso "encontrava-se, na altura, seco e limpo e em bom estado de conservação".
A juíza do Tribunal da Guarda que presidiu ao colectivo disse, após proceder à leitura do acórdão, que a pena aplicada servirá para que, no futuro, o arguido possa "assumir uma postura de maior segurança" ao volante.
Condutor que atropelou mortalmente duas mulheres condenado a três anos de prisão
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