António Costa faz a pergunta e dá a resposta: as conquistas económicas e as contas certas mostram o sucesso das políticas. E à direita não há alternativa, garante.
A maioria absoluta faz-se ouvir nos aplausos no final do discurso de António Costa em resposta à moção de censura feita pela IL. São 120 deputados, num longo aplauso de pé, que é uma demonstração de força, num momento em que se sucedem as notícias que desgastam o Governo.
João Cortesão/Cofina
No dia em que o CM faz manchete com o arresto das contas da recém empossada secretária de Estado da Agricultura, António Costa começa a defesa do seu Executivo com a ausência de alternativa política à sua direita.
"Há alternativa ao Governo? A resposta está dada", defendeu António Costa, vincando que nem na moção de censura houve união à direita, com o PSD a resolver abster-se na iniciativa da IL. Ou seja, para quê voltar às urnas, se o resultado não poderá ser mais estável do que a maioria absoluta que foi dada há cerca de um ano.
Mas se parte do ataque da oposição está na arrogância do primeiro-ministro, que PSD e IL consideram resumida no "habituem-se" dito por Costa em entrevista à Visão, o líder do PS pretendeu mostrar que o Governo socialista partilha o poder.
António Costa puxou dos galões dos acordos feitos na concertação social para os aumentos salariais e com os municípios para a descentralização, para tentar afastar a ideia de que há arrogância nesta maioria absoluta.
Uma tese que foi recebida com risos pelas bancadas da oposição quando o primeiro-ministro disse que até no Parlamento o PS tem mantido "canais de diálogo aberto".
Costa mostrou, porém, números que pretendem demonstrar a "maioria de diálogo" que anunciou na noite das legislativas há quase um ano. O primeiro-ministro lembrou que até agora foram aprovadas pela Assembleia da República 21 propostas de lei, das 21 aprovadas só um terço teve apenas o voto do PS.
E os casos? Costa considera que eles não têm relevância para a vida dos portugueses.
Como é que se avalia um Governo? Pela sua composição ou pelos resultados?
António Costa desvalorizou os casos que têm levado à demissão de governantes, como da secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis, garantindo que nunca foi abordado na rua por cidadãos questionando-o sobre isso.
Para Costa, o que preocupa as pessoas são os preços do combustível e da energia, a subida dos juros e os problemas no SNS e essas são, segundo o primeiro-ministro, áreas em que o Governo está a tomar medidas que, garante, já se fazem sentir.
Os aumentos do salário mínimo nacional, das pensões mais baixas e das prestações sociais mínimas foram também destacados pelo primeiro-ministro.
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