O candidato à liderança do CDS-PP defende que partido deve participar numa "plataforma à direita" de alternativa ao PS e que Chega não é uma "pedra no sapato" para os centristas.
O candidato à liderança do CDS-PP João Almeida defende que o partido deve, no imediato, fortalecer-se e depois participar numa "plataforma à direita" de alternativa ao PS, com o PSD, mas sem o Chega.
"A alternativa à governação socialista deve ser promovida através de uma plataforma à direita que reúna várias forças, designadamente as tradicionais que governaram a última vez antes do PS governar, que é o PSD e o CDS", disse, em entrevista à agência Lusa, João Almeida, um dos cinco candidatos à liderança do partido no 28.º Congresso nacional, agendado para 25 e 26 de janeiro, em Aveiro.
No caso de a direita ter maioria parlamentar em eleições legislativas, o PSD é o parceiro natural do CDS, defende, e pensar em incluir novos partidos, como o Chega, é "questão que não se coloca".
"Temos um parceiro tradicional com o qual já governámos, com o qual tivemos maiorias absolutas para governar, que é o PSD. E, portanto, é aí que nós temos de estabelecer as nossas pontes, estabelecer o nosso diálogo e só mais tarde é que se poderá ver se eventualmente faz sentido alargar essa plataforma ou não", afirmou ainda.
E João Almeida recusa ser ele a "antecipar qualquer alargamento de uma plataforma eleitoral até porque, antes disso", é preciso "fortalecer a posição do CDS", seria errado taticamente "fragilizar a posição" e "admitir acordos com quem representa [no parlamento] muito menos que o CDS".
"O caminho normal é o CDS fortalecer-se, fazer o seu trabalho interno e externo para recuperar a representatividade que tinha", acrescentou, e depois "a alternativa à governação socialista deve ser promovida através de uma plataforma à direita que reúna várias forças, designadamente as tradicionais que governaram a última vez antes do PS governar, PSD e CDS".
Mas o Chega não é, para o ex-secretário de Estado, uma "pedra no sapato" para os centristas.
"Mal era. Não faz sentido focar nos novos partidos aquilo que foi o resultado eleitoral do CDS, porque o CDS perdeu muito mais votos para a abstenção e para outros partidos do que propriamente para os dois que apareceram à direita", acrescentou.
O partido, argumentou, "perdeu 13 deputados" e "o Chega e a Iniciativa Liberal juntos têm dois".
Assumindo o papel do CDS como partido da oposição, o candidato a líder delimita um eventual diálogo com o PS a algumas áreas, mas restritas.
"Não vejo espaço para grandes convergências em matérias estruturais, mas não tenho nenhuma objeção a conversar com o PS em questões [pontuais] em que as posições do CDS possam fazer o seu caminho" e a opção do PS seja "mais próxima do CDS", admitiu.
Ou seja, "em questões pontuais", o CDS "deve ter essa abertura", explicitou.
Os candidatos à liderança do CDS são Abel Matos Santos, João Almeida, Filipe Lobo d'Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos e Carlos Meira.
O 28.º Congresso nacional, marcado para 25 e 26 de janeiro em Aveiro, vai eleger o sucessor de Assunção Cristas na liderança dos centristas, que decidiu deixar o cargo na sequência dos maus resultados nas legislativas de outubro de 2019 -- 4,2% e cinco deputados.
CDS: João Almeida quer criar "plataforma" com PSD mas sem Chega
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