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Bombeiro espanca a mulher frente ao filho. "Não terá sido a primeira vez"

As agressões que ocorreram na Madeira foram gravadas em videovigilância. PSP já identificou suspeito e promoveu medidas urgentes de proteção da vítima, que foi hospitalizada.

A PSP está a investigar um caso de violência doméstica que está a chocar a ilha da Madeira. Um homem de 35 anos, bombeiro municipal do Machico, espancou a mulher, de 34 anos, com murros e pontapés, em frente ao filho de ambos, de apenas 9 anos. As agressões ficaram registadas no sistema de videovigilância da casa onde tudo aconteceu. A vítima foi hospitalizada, confirmou o .

Bombeiro agride mulher na Madeira, frente ao filho. Vítima hospitalizada
Bombeiro agride mulher na Madeira, frente ao filho. Vítima hospitalizada Getty Images

Em declarações à SÁBADO, a secretária regional da Inclusão, Juventude e Trabalho, Paula Margarido, refere que "parece que não foi a primeira vez que ocorreu uma situação de violência doméstica contra a vítima, mas a mesma nunca tinha pedido ajuda nem à PSP nem a nenhuma instituição que lida com estes casos na Região, por isso não estava sinalizada", lamenta. Acrescenta ainda que desde a agressão deste domingo, que a mulher e a criança de 9 anos estão a ser acompanhados pela família, mas que os serviços de proteção e as autoridades estão também em contacto com ambos. 

"Desde as primeiras horas da manhã, a secretaria, em articulação com o Instituto de Segurança Social da Madeira (ISSM), através da sua equipa de apoio à vítima, tem acompanhado de perto este caso, assegurando a adoção imediata de todas as diligências necessárias para garantir a proteção e o acompanhamento da vítima e do respetivo agregado familiar", explica ainda a secretária regional da Inclusão.

Paula Margarido diz-se "chocada" com esta agressão ocorrida em Machico e confirma que a PSP está a investigar a acusação e já enviou o auto de notícia para o Ministério Público (MP) para que possam ser emitidas as medidas de coação contra o suspeito, já que o mesmo não pôde ser detido por não ter sido apanhado em flagrante delito. 

A secretária para a Inclusão lembra ainda que num meio pequeno como aquele em que ocorreu a agressão, toda a gente se conhece e que é "particularmente importante dar apoio nesta situação dura às vítimas".

A responsável pela tutela informou ainda que se verificou o aumento do número de situações de violência doméstica tornadas públicas na Madeira. Nos primeiros seis meses deste ano a Segurança Social registou mais 135 novos casos do que no período homólogo. "Não sabemos se é um aumento de casos ou de denúncias, mas a verdade é que o número aumentou de forma expressiva", lamenta.

"Trata-se de uma situação de extrema gravidade que exige uma resposta célere, firme e adequada", termina o comunicado.

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