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Berardo só tem uma garagem em seu nome, mas desde 2019 inaugurou dois novos museus

Diogo Barreto
Diogo Barreto 29 de junho de 2021 às 18:04

Um museu de azulejos em 2020 e um de arte deco já este ano. O comendador foi detido dois meses depois da última inauguração de um museu com a chancela Berardo.

Joe Berardo foi convocado para responder às questões da comissão parlamentar de inquérito à gestão e recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. No dia 10 de maio de 2019 afirmou não ter, "pessoalmente", qualquer dívida e responsabilizou os bancos por lhe terem emprestado dinheiro: "O meu trabalho é ir pedir dinheiro, para rentabilizar, não deu certo, na vida é assim", disse na altura. Mas a verdade é que desde que esteve presente na comissão de inquérito, em 2019, e até ao dia em que foi detido pela Polícia Judiciária, Joe Berardo fundou dois museus, um deles há menos de três meses. Esta terça-feira, o empresário foi detido no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária que investiga "quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros".

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