"Para o Bloco de Esquerda, a prioridade é preparar desde já o fim do congelamento salarial na Função Pública", afirmou Mariana Mortágua, salientado que os salários dos funcionários públicos valem hoje 90% do que valiam em 2010. Admitindo que a discussão sobre o aumento salarial "só agora começou", a deputada bloquista defendeu também que "não se pode permitir que no privado exista estagnação salarial".
Em resposta à deputada, o ministro das Finanças disse que o salário médio cresceu 2% em Portugal no ano passado, considerando que "há um reforço significativo da dimensão salarial" que pode ser visto também através das contribuições salariais, que estão a aumentar 7%. Isto quer dizer, segundo simplificou o ministro, que "o salário que os portugueses levam para casa no seu conjunto está a crescer 7%".
O debate Governo-BE sobre esta questão não começou esta quarta-feira. Numa entrevista àTSF/Dinheiro Vivo, divulgada este fim de semana, o deputado do PS João Galamba disse que "dificilmente poderá haver em cima disto aumentos salariais em 2019", uma posição que foi contraposta pela líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
Está é a primeira audição desde que Centeno foi eleito presidente do Eurogrupo. Além disso, ocorre numa altura em que o governante está a ser investigado por suspeita do crime de recebimento indevido de vantagem.
O Ministério Público pretende saber se há alguma relação entre um pedido de bilhetes para um jogo no Estádio da Luz e um alegado pedido de Luís Filipe Vieira, antes, para ajudar o filho do presidente do Benfica a obter isenção de IMI para um empreendimento imobiliário em Lisboa.
O primeiro-ministro, António Costa, já garantiu que Centeno não deixa o Governo mesmo que seja constituído arguido.