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BE defende gestão pública e crescimento do SNS e fim das taxas moderadoras

23 de março de 2019 às 13:20
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Catarina Martins assegurou que a "gestão pública do SNS é o ponto fundamental das negociações com o Governo e o PS".

A líder doBloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu, este sábado, a gestão pública doServiço Nacional de Saúde, o crescimento deste em detrimento do privado e o fim das taxas moderadoras quando se tratam de cuidados prescritos por médicos da rede publica.

Catarina Martins falava na abertura do Encontro Nacional +60 - Mais esperança de vida. Que qualidade de vida? - onde elencou as três bases da proposta que o Bloco de Esquerda (BE) está a negociar com o Governo e o Partido Socialista tendo em conta a nova Lei de Bases da Saúde.

"Não defendemos [o SNS] acriticamente, mas com propostas para corrigir o que está mal. Defendemos a alteração do paradigma no SNS para a promoção da saúde publica e responder ao envelhecimento da população", começou por explicar no auditório do Alto dos Moinhos, em Lisboa, perante uma plateia composta por pessoas com mais de 60 anos.

Catarina Martins assegurou que a "gestão pública do SNS é o ponto fundamental das negociações com o Governo e o PS", lembrando que as Parcerias Público-Privadas (PPP) na saúde "não trouxeram nada de bom" para a rede pública de saúde, acusando mesmo, estas parcerias de levarem "gente altamente especializada" do publico para o privado.

Em segundo lugar, a líder do Bloco de Esquerda definiu a necessidade de se "ser claro com quem presta cuidados de saúde em Portugal", frisando que o partido defende que a saúde "seja um direito e não um negócio".

De acordo com a responsável o país "precisa de uma nova lei de bases de saúde, de um maior compromisso de investimento no SNS", criticando a direita, por nos seus discursos sobre as fragilidades deste "nunca apresentou nenhuma solução", já que foi autora "dos tratados que impediram investimento" e de propostas que retiraram "direitos e degradou as condições do exercício dos profissionais de saúde".

"Foi a própria lei de bases que dá aos privados o dinheiro que devia estar no SNS", acusou.

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