Cada um com os seus argumentos, todos os partidos estão bem posicionados para celebrar no domingo, com a devida ressalva para alguma surpresa de última hora...
A probabilidade estatística está do lado deles. Claro que até ao lavar dos cestos ainda é vindima, podem sempre acontecer derrocadas inesperadas ou ascensões fulgurantes, mas, ao que tudo indica, o partido do Governo reforçará a sua implantação autárquica, o PS conseguirá manter-se à tona (se não conseguir, José Luís Carneiro já se prepara para lavar as mãos destes resultados) e o Chega, partindo do zero, só pode cantar vitória. Os eleitos de Lisboa e do Porto ainda podem baralhar ou reforçar vitórias, mas não deverão colocar em risco os discursos finais - só acrescentar trunfos a um ou a outro partido.
Capital pode ser argumento decisivo para AD ou PS cantarem vitóriaLusa
PSD: Como parte de um número de câmaras mais modesto que o dos socialistas, a trajetória será de crescimento. Não é esperado que os sociais-democratas atinjam o pódio das autarquias, mas é provável que beneficiem do facto de haver 89 presidentes em limite de mandatos, quando a maioria (49) são do PS e só 24 do PSD. Se a noite terminar com a reeleição de Carlos Moedas e ou a vitória de Pedro Duarte, que estão, em Lisboa e no Porto, taco a taco nas sondagens com os socialistas, Luís Montenegro ainda subirá ao palanque com outro fôlego para dizer que os portugueses renovaram a confiança no partido do Governo.
PS: Prepara-se para perder terreno depois de ter conquistado 148 câmaras em 2021. Ainda assim, com as expetativas em baixo, depois do desaire eleitoral das legislativas e da passagem de testemunho de vários dinossauros autárquicos socialistas, é provável que o PS consiga manter a presidência da Associação Nacional de Municípios. A liderança de José Luís Carneiro também se prepara para se demarcar de um eventual mau resultado, dado que entrou no comboio das autárquicas já em andamento, e o líder tem apostado na gestão as expetativas no discurso, apontando para a perda de 20 a 30 câmaras, estimou em declarações a uma reportagem do Expresso. E já antes tinha dito ao Eco que uma derrota eleitoral nestas eleições "nunca será uma derrota do secretário-geral". Se conseguir virar as contas a seu favor em Lisboa ou no Porto será o grande bónus da noite.
Chega: André Ventura já anunciou a sua vitória. E não será difícil que se cumpra, porque parte do zero (com apenas 19 vereadores eleitos, em 2021) e com hipóteses reais de ganhar a gestão da primeira autarquia. No Algarve (Olhão ou Albufeira) ou no Baixo Alentejo estão as suas hipóteses mais seguras, com uma grande incógnita em Sintra, onde Rita Matias está muito próxima da candidata socialista Ana Mendes Godinho e do social-democrata Marco Almeida; tendo o incumbente Basílio Horta os seus dias ali contados. Todavia, Ventura - que começou por falar em "mais de 30 câmaras" na CNN - resfriou as metas já na campanha e o coordenador autárquico do Chega, Carlos Magno, apontou para oito a dez câmaras, em entrevista à Renascença. Seja qual for o resultado, com uma autarquia ganha já está a canção da vitória garantida.
Autárquicas: Candidatos confiantes aguardam resultados em Lisboa e PortoLusa
CDU: Já se sabe que os comunistas ganham sempre... será difícil manterem as 19 câmaras que têm desde 2021, mas com as expetativas significativamente mais baixas, ainda podem conquistar algumas autarquias no Alentejo e o resultado de João Ferreira em Lisboa, se confirmar o ritmo da campanha eleitoral, pode ser motivo de festejo para o PCP no domingo.
IL: O primeiro teste eleitoral de Mariana Leitão tem tudo para ser um passo em frente em relação ao último resultado autárquico. Os liberais tiveram quase uma centena de eleitos e a líder estabeleceu como meta triplicar e tentar mais postos de vereação. Sendo que a IL participa em 29 coligações, a maior parte com a AD, e assim não deverá ser difícil alcançar este objetivo.
BE e Livre: Não têm câmaras e não é provável que passem a ter, por isso, qualquer resultado que reforce a presença no território será uma vitória declarada. Se em Lisboa, Alexandra Leitão se sagrar a grande vencedora da noite, Rui Tavares e Mariana Mortágua também quererão recolher o seu contributo.
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É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.