Seis vídeos, encontrados durante as buscas da PJ, mostram que Paulo Abreu dos Santos colocou câmaras ocultas em espaços privados para gravar a intimidade de homens adultos. Ministério da Justiça afasta a hipótese de estes terem sido gravados no edifício.
Paulo Abreu dos Santos, o adjunto da ex-ministra da Justiça acusado de mais de 500 crimes de pornografia de menores e de abuso sexual de crianças, terá colocado câmaras ocultas em casas de banho para filmar a intimidade de homens adultos.
Paulo Santos Abreu, docente da FDUL, suspenso por suspeitas de pedofiliaDIREITOS RESERVADOS
A informação consta no auto de interrogatório a que Paulo Abreu dos Santos foi submetido na sexta-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal, no qual se lê que o advogado instalou câmaras ocultas "em espaços privados, como balneários e casas de banho", sabendo que "não estava autorizado e o fazia contra a vontade dos seus intervenientes".
Há até imagens destes atos. Durante as buscas feitas na sua casa, a Polícia Judiciária encontrou seis vídeos “produzidos pelo arguido, cujo conteúdo se refere a gravações realizadas com uma câmara oculta sem conhecimento nem consentimento dos intervenientes” - que seriam homens adultos.
Tanto os vídeos que o associam a pornografia infantil como os de abuso sexual de menores estavam distribuídos pelos vários equipamentos informáticos apreendidos: dois telemóveis, três computadores portáteis, três discos externos e duas pen drives. Segundo o jornal Público, estes mostram Paulo Abreu dos Santos a acariciar os órgãos sexuais de dois menores de 14 anos.
Já as imagens de pornografia, que envolvem crianças entre os quatro e os seis anos de idade, mostram, por exemplo, um menor a fazer sexo oral a um adulto e um adulto a fazer o mesmo a um menor. Estes vídeos eram depois partilhados pelos "Kids boys only", "vídeos caseros reales de chicos", "Kids club" e "mundo de la fantasia" - alguns dos 13 grupos da rede social Signal de que o advogado fazia parte e que visava a partilha deste tipo de conteúdos com outros predadores espalhados pelo mundo.
Apesar disso, o Ministério da Justiça afasta a possibilidade de o ex-adjunto ter instalado câmaras ocultas no próprio edifício. “Os serviços de segurança fazem revistas periódicas aos espaços do Ministério da Justiça no Terreiro do Paço, prática que se manterá”, refere fonte oficial citada pelo Observador.
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A desinformação não é apenas um fenómeno “externo”: a nossa própria memória também é vulnerável, sujeita a distorções, esquecimentos, invenções de detalhes e reconstruções do passado.
Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.