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MP aceita que milhões suspeitos para corromper o "Príncipe" foram apenas fraude fiscal

António José Vilela
António José Vilela 22 de junho de 2023 às 08:00

A Odebrecht Portugal já está a pagar a prestações cerca de €5 milhões para não ser acusada de fraude fiscal e lavagem de dinheiro no caso Monte Branco. O Ministério Público aceitou que as transferências internacionais, ocorridas entre 2006/12 e avaliadas em €10 milhões, se destinaram apenas a pagar por fora a funcionários da empresa. O problema é que uma parte desse dinheiro estava a ser usado pelos procuradores de outro processo, o caso CMEC/EDP, para fundamentar pagamentos corruptos na adjudicação e construção da barragem do Baixo Sabor. Uma investigação que visa muitos milhões de euros enviados através de offshores e destinados também ao enigmático “Príncipe”.

Quando se cruzam as datas de dados bancários suspeitos que estão nos mediáticos processos Monte Branco e CMEC/EDP (este último tem anexado desde agosto de 2020 o inquérito Odebrecht/Barragem do Baixo Sabor) percebe-se que é o próprio Ministério Público (MP) que usa, pelo menos, seis transferências financeiras internacionais realizadas em 2008 (um total de quase €1,2 milhões) para ajudar a fundamentar factos completamente díspares nos dois inquéritos.

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