Zelensky afirmou que a versão mais recente do plano dos Estados Unidos para a Ucrânia prevê o congelamento das linhas da frente, mas não resolve a possível cedência de território à Rússia.
O presidente ucraniano falou esta quinta-feira ao telefone com os emissários dos EUA Steve Witkoff e Jared Kushner, depois de, na quarta-feira, ter revelado os detalhes da versão mais recente do plano norte-americano para a paz na Ucrânia.
Zelensky tem dias para responder a acordo de paz proposto pelos EUAFoto de Toby Melville/Pool via AP
"Discutimos detalhes substantivos do trabalho em curso. Há boas ideias que podem contribuir para um resultado comum e uma paz duradoura", afirmou Volodymyr Zelensky, numa publicação no Facebook.
Agradecendo a Steve Witkoff e Jared Kushner (genro do Presidente norte-americano, Donald Trump) "a abordagem construtiva" e o "trabalho intensivo" de ambos, o chefe de Estado ucraniano disse esperar que os entendimentos e ideias discutidos neste dia de Natal venham a provar-se úteis.
Em declarações proferidas na terça-feira e divulgadas na quarta-feira, Volodymyr Zelensky afirmou que a versão mais recente do plano dos Estados Unidos da América (EUA) para a Ucrânia prevê o congelamento das linhas da frente, mas não resolve a possível cedência de território à Rússia.
De acordo com o Presidente ucraniano, o texto estipula que "a linha de posicionamento das tropas à data deste acordo é a linha de contacto reconhecida de facto", situação que abriria caminho a discussões sobre a criação de possíveis zonas desmilitarizadas.
"Um grupo de trabalho vai reunir-se para determinar o reposicionamento das forças necessárias para pôr fim ao conflito, bem como para definir os parâmetros de possíveis futuras zonas económicas especiais", acrescentou.
Este plano, apresentado há quase um mês, tem sido objeto de negociações separadas dos norte-americanos com ucranianos e russos.
O pacto tem como objetivo encerrar quase quatro anos de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, embora a concordância de Moscovo não esteja garantida, pois as autoridades russas não mostram vontade em abandonar os objetivos.
Segundo Volodymyr Zelensky, as negociações entre Kiev e Washington ainda não conduziram a um consenso sobre estas questões territoriais, uma vez que Moscovo exige, em particular, que a Ucrânia ceda a porção da região leste de Donetsk que ainda está sob o seu controlo.
A nova versão também não exige que a Ucrânia renuncie formalmente à adesão à NATO (aliança do Atlântico Norte), outra grande exigência russa.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, a guerra já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares aos dois países, segundo várias fontes.
Zelensky falou ao telefone com emissários dos EUA para a paz
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.
A ameaça russa já começa a ter repercussões concretas no terreno. É disso exemplo as constantes e descaradas incursões de aeronaves russas, principalmente drones, em território europeu.
A análise dos relatórios oficiais, alicerçada em factos e não em perceções, demonstra que o desempenho do Ministério Público continua a pautar‑se por exigência técnica, rigor e eficácia, mesmo perante constrangimentos evidentes de recursos.