Oleksii Reznikov, de 57 anos, foi demitido no passado domingo. Zelensky sugere que seja substituido por Rustem Umerov, mas a decisão ainda vai ser confirmada pelo parlamento ucraniano.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou no passado domingo a demissão do ministro da Defesa, Oleksii Reznikov. Zelensky, que fez o anúncio através de um habitual vídeo noturno, vai agora pedir ao parlamento que este cargo seja ocupado por Rustem Umerov, um antigo deputado do partido Holos.
REUTERS/Heiko Becker
"Decidi substituir o ministro da Defesa da Ucrânia. Oleksii Reznikov passou por mais de 550 dias de guerra em grande escala. Acredito que o ministério precisa de novas abordagens e de outros formatos de interação com os militares e a sociedade em geral", confessou o presidente ucraniano.
Oleksii Reznikov, de 57 anos também confirmou esta segunda-feira o seu afastamento, através do X (antigo Twitter), e revelou que já havia apresentado a sua carta de demissão ao parlamento. Mas se para alguns a sua demissão é uma novidade, para outros nem tanto. Na semana passada, o ministro da Defesa revelou aos jornalistas que estava a explorar outros possíveis cargos com o presidente ucraniano.
I have submitted my letter of resignation to Ruslan Stefanchuk @r_stefanchuk, Chairman of the Parliament of Ukraine @verkhovna_rada It was an honor to serve the Ukrainian people and work for the #UAarmy for the last 22 months, the toughest period of Ukraine’s modern history. pic.twitter.com/x4rXXcrr7i
Os meios de comunicação social especulam agora que Reznikov se tornará o novo embaixador de Kiev em Londres, local onde o mesmo desenvolveu boas relações com políticos importantes. Apesar desta nova mudança no ministério, os especialistas acreditam que é pouco provável que a sua substituição conduza a mudanças na estratégia do campo de batalha.
O político liderava o ministério da Defesa desde 2021, mas só após o eclodir da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, é que passou a ser reconhecido internacionalmente. À BBC, o conselheiro de defesa ucraniano, Yuriy Sak, disse que Reznikov foi quem lançou as bases para uma futura adesão à NATO. "O seu legado é ter convencido os ministros da defesa de todo o mundo de que o impossível é possível", garantiu.
Embora tivesse tido um papel fundamental na guerra da Ucrânia, ao participar, por exemplo, em reuniões com os aliados do país e ao representar a Ucrânia em conversações de paz, a sua liderança da Defesa já tinha sido alvo de uma série de escândalos, envolvendo a aquisição de bens e equipamentos a preços inflacionados.
Em março de 2022, Oleksii Reznikov alegou ter sofrido sintomas de envenenamento, durante as negociações de paz ao lado do bilionário russo Roman Abramovich.
No dia 5 de fevereiro, Zelensky já tinha anunciado a substituição do ministro da Defesa, mas no final Reznikov acabou por se manter no governo. Esta não é a primeira demissão que a Ucrânia enfrenta após o eclodir da guerra. No início deste ano, o vice-ministro da defesa, Vyacheslav Shapovalov, demitiu-se na sequência de um escândalo.
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