Presidente ucraniano pede que julgamento arranque na próxima semana. "A Rússia deve ser responsabilizada", reforça.
O presidente ucraniano VolodymyrZelensky avançou com uma ação legal contra a Rússia junto do Tribunal Penal Internacional em Haia, Bélgica, que aplica a lei internacional nas disputas entre estados e julga crimes de guerra. "A Rússia deve ser responsabilizada por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão. Pedimos uma decisão urgente que ordene à Rússia que cesse as suas atividades militares agora e faça com que os julgamentos comecem na próxima semana", escreveu o presidente da Ucrânia no twitter.
Ukraine has submitted its application against Russia to the ICJ. Russia must be held accountable for manipulating the notion of genocide to justify aggression. We request an urgent decision ordering Russia to cease military activity now and expect trials to start next week.
Esta decisão segue-se às declarações de VolodymyrZelensky em como as ações da Rússia - como o bombardeamento de infantários, áreas residenciais e zonas de infraestruturas não militares - contêm as marcas de "genocídio".
A Ucrânia é habitada por 44 milhões de pessoas e tornou-se independente em 1991, após a queda da União Soviética. Desde então, pediu para se juntar à NATO e à União Europeia, objetivos a que a Rússia se opõe.
Vladimir Putin, o presidente russo, alega que deve eliminar o que caracteriza como uma ameaça séria à Rússia. Acusa a Ucrânia de genocídio contra as comunidades russófonas no este do país, o que Kiev e os seus aliados ocidentais dizem ser mentira.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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