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Trump tenta virar a China contra a Coreia do Norte

29 de abril de 2017 às 08:49
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Presidente dos EUA considera que novo ensaio de míssil balístico de Pyongyang "faltou ao respeito" a Pequim

O presidente norte-americano, Donald Trump, considerou na noite de sexta-feira que a Coreia do Norte, ao efectuar mais um disparo de um míssil, "faltou ao respeito" à China.

"A Coreia do Norte faltou ao respeito aos desejos da China e do seu presidente altamente respeitado quando lançou, apesar de sem sucesso, um míssil hoje. Mau!", reagiu Trump, em mensagem divulgada através da sua conta pessoal na rede social Twitter, algumas horas depois do fracasso deste disparo. A China é o único aliado importante do regime de Kim Jong-un e um possível corte de relações entre os dois países podia ter consequências catastróficas para Pyongyang, totalmente dependente de Pequim em termos comerciais.

North Korea disrespected the wishes of China & its highly respected President when it launched, though unsuccessfully, a missile today. Bad!

A Coreia do Norte disparou, para teste, um míssil balístico de médio alcance a partir da parte ocidental do país, no sábado (hora local), mas o lançamento falhou, segundo fontes norte-americanas e sul-coreanas.

A Coreia do Norte testa com frequência vários mísseis balísticos, apesar das proibições da Organização das Nações Unidas, como parte da sua vontade de desenvolver mísseis balísticos de longo alcance, com capacidade nuclear, capazes de atingir o território principal dos EUA.

Apesar de os testes norte-coreanos com mísseis de curto alcance serem rotina, há uma forte preocupação na comunidade internacional com cada teste de míssil de alcance maior.

"A Coreia do Norte disparou um míssil não identificado a partir de um local em Bukchang, na província de Pyeongan do Sul, (que fica perto da capital, Pyongyang) à primeira hora da manhã", informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, em comunicado divulgado pela agência noticiosaYonhap.

Um militar dos EUA admitiu, sob anonimato, que o míssil deveria ser um designado KN-17, que é de médio alcance. Rebentou ao fim de alguns minutos depois do lançamento e os destroços caíram no Mar do Japão.

Um militar sul-coreano, também sem elaborar, disse que se acreditava que o lançamento tinha falhado, sem quantificar a distância percorrida nem confirmar se tinha explodido pouco depois do lançamento.

Coreia do Norte
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O disparo deste sábadp acontece num momento de particularmente elevada tensão. A Casa Branca assumiu uma posição inicialmente dura face a Pyongyang e enviou um porta-aviões para as águas coreanas. Mas os diplomatas norte-americanos têm adoptado um tom menos agressivo.

Na sexta-feira, os EUA e a China manifestaram acentuadas diferenças quanto à estratégia para lidar com a ameaça nuclear da Coreia do Norte, com o chefe da diplomacia dos EUA a apelar a uma aplicação total das sanções económicas e a novas sanções.

Recuando nas sugestões de acção militar por parte dos EUA, até ofereceu ajuda à Coreia do Norte se esta acabar com o seu programa de armas nucleares.

A amplitude das sugestões do secretário de Estado, Rex Tillerson, que no espaço de 24 horas também incluíram o reinício das negociações, reflecte a incapacidade de os EUA em pararem os avanços nucleares de Pyongyang, apesar de décadas de sanções lideradas pelos EUA, ameaças militares e várias rondas de negociações diplomáticas.