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Trump quer multar imigrantes em €913 por cada dia que ultrapassarem a ordem de expulsão

Luana Augusto
Luana Augusto 09 de abril de 2025 às 11:35
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Quem não pagar esta multa enfrentará uma apreensão dos seus bens, avança a agência noticiosa Reuters.

A Administração Trump planeia multar os imigrantes em 998 dólares (€913) por cada dia que não abandonarem os Estados Unidos após a ordem de deportação, de acordo com documentos a que a Reuters teve acesso. Segundo a agência de notícias, quem não pagar esta multa enfrentará uma apreensão dos seus bens.

AP Photo/Mark Schiefelbein

Estas multas decorrem de uma lei que foi aprovada em 1996 e que foi aplicada pela primeira vez em 2018, durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump. Na altura, foram aplicadas multas de milhares de euros contra nove imigrantes, mas estas acabaram por ser retiradas. Por contrapartida, a administração Trump avançou com multas de 60 dólares (€54) contra quatro destes imigrantes.

O presidente Joe Biden decidiu, então, acabar com estas multas em 2021. Porém, o governo de Trump planeia aplicá-las por um período de até cinco anos. Se assim se verificar, poderá resultar em multas de mais de 1 milhão de dólares (quase 1 milhão de euros), explicou um alto funcionário da administração que preferiu não ser identificado.

Para que isso não aconteça, a porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, Tricia McLaughlin, disse à Reuters que os imigrantes ilegais devem utilizar uma aplicação mais formalmente conhecida como CBP One para "se auto-deportarem e deixarem o país imediatamente".

"Se não o fizerem, irão enfrentar consequências", afirmou McLaughlin. "Isso inclui uma multa de 998 dólares por cada dia que o estrangeiro ilegal ultrapassar a ordem final de expulsão."

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos também já havia feito uma publicação nas redes sociais, a 31 de março, a alertar para a aplicação destas multas.

Trump deu início a uma ampla repressão da imigração após ter assumido o cargo de presidente, a 20 de janeiro. Ao testar todos limites à lei dos Estados Unidos, Trump fez aumentar o número de prisões e deportações contra estas pessoas.

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