É o mais rico de todos os presidentes dos Estados Unidos, embora tenha perdido grande parte da fortuna com a pandemia e com as suas atitudes excessivas.
O salário anual do Presidente dos Estados Unidos é de 400 mil dólares (cerca de 330 mil euros). Quando Donald Trump, de 74 anos, chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017, uma das coisas que se dizia é que o magnata era o mais rico de todos os presidentes. Em 2016, segundo a revista Forbes, o património de Trump valia aproximadamente 3 mil milhões de euros e nessa época ele não se cansava de dizer "sou muito rico". Só que as estimativas ficam hoje nos 2 mil milhões. A pandemia é a explicação para estas perdas, já que o seu império é em grande parte construído na base do turismo e do entretenimento.
O 45.º Presidente norte-americano - cujo mandato termina esta quarta-feira, 20 de janeiro, às 12 horas, em Washington, com a posse de Joe Biden - não pode esperar um regresso pacífico à vida civil. Além de ser perseguido pelo fantasma da política com o processo de impeachment ainda em andamento, o ex-apresentador do reality show The Apprentice vai ter dificuldade em voltar a vestir o fato de empresário de sucesso que era antes.
Trump é uma marca "tóxica"
Ao longo de 40 anos, a grande mais valia de Donald Trump tem sido o seu nome estampado nas fachadas dos seus edifícios, hotéis, campos de golfe, na sua escola de negócios e até mesmo em linhas de pronto-a-vestir. "Foi uma marca comercial de sucesso, um símbolo de luxo e riqueza", disse ao canal de notícias francês LCI, Melissa Aronczyk, professora de comunicação da universidade Rutgers, em New Jersey. Antes de se tornar presidente, a marca Trump era muito poderosa. Tanto assim é que muitos dos hotéis que levam o nome de Trump são, na verdade, operados apenas sob licença.
Mas os quatro anos de mandato, marcados por posições extremas, e especialmente as últimas semanas marcadas pelo ataque ao Capitólio pelos seus fervorosos partidários, colocaram os negócios da família em perigo. "A marca Trump tornou-se ‘tóxica’ ao ser associada ao caos e ao racismo", aponta Tim Calkins, professor de marketing da Kellogg School of Management da universidade de Northwestern. Na semana passada, a Professional Golfers Association of America anunciou que não realizava o seu campeonato de 2022 no Trump National, em Bedminster, New Jersey, por não quererem estar associados à marca.
Clinton no ranking dos mais ricos
Dono de várias mansões em Nova Iorque, Palm Beach ou nas Caraíbas, assim como clubes de golfe, que lhe deram grandes lucros, Trump sai da Casa Branca, para a sua propriedade de Mar-a-Lago, na Florida, mais pobre, mas ainda muito rico. Muito mais do que qualquer um dos seus antecessores. Já Barack Obama terá multiplicado por 30 o património familiar, ao fim de oito anos de mandato. Em 2009, tinha 1 milhão de euros, fruto do cargo de senador e do trabalho da sua mulher na universidade. No final do 2020, devido às conferências que ele e Michelle dão e de um contrato com a Netflix, o casal Obama acumula já uma fortuna de 33 milhões de euros – valor ainda insignificante quando comparado com os de outros presidentes dos EUA.
O portal The Richestelaborou uma lista dos mais ricos moradores da Casa Branca e George Washington, primeiro Presidente dos EUA (entre 1789 e 1797), é o primeiro. Nasceu numa família rica do estado da Virgínia e a carreira militar e a sua vida política ajudaram a aumentar o seu património para os 486 milhões de euros, a valores atuais. Bill Clinton é o único da era moderna que faz parte deste ranking. A sua família, do Arkansas, não tinha grandes recursos – o padrasto era vendedor de automóveis, que permitiu dar-lhe uma boa educação. Clinton foi presidente entre 1993 e 2001 e a sua fortuna cresceu exponencialmente depois de deixar o cargo. Calcula-se que tenha acumulado mais de 62 milhões de euros, graças aos livros que publicou e principalmente ao elevadíssimo valor do seu cachê para conferências.
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