O ataque, em que Trump ficou ligeiramente ferido na orelha direita, causou a morte de um apoiante e dois feridos, que foram hospitalizados.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que sobreviveu a uma tentativa de assassínio no sábado, considerou que foi "uma experiência muito surreal", afirmando: "devia estar morto".
REUTERS/Brendan McDermid/File Photo
Trump falava, no domingo, ao jornal New York Post, a bordo do seu avião, que se dirigia para o Milwaukee, no estado de Wisconsin, onde vai decorrer a Convenção Nacional Republicana, durante a qual deverá ser confirmado como candidato presidencial do partido.
"Não devia estar aqui, devia estar morto", disse o republicano, que usava uma ligadura branca sobre a orelha direita, de acordo com o jornal
Foi "uma experiência muito surreal", afirmou sobre o ataque no sábado, ocorrido num comício de campanha na Pensilvânia.
"O médico do hospital disse que nunca tinha visto nada assim, chamou-lhe um milagre", disse.
O magnata disse que, quando os agentes dos serviços secretos o retiraram do palco, quis continuar a falar com os apoiantes, mas foi-lhe dito que não era seguro e que tinha de ser levado para um hospital.
Trump aproveitou a oportunidade para agradecer aos agentes que o protegeram e que dispararam contra o atirador. "Atingiram-no entre os olhos. Fizeram um trabalho fantástico. É surrealista para todos nós", acrescentou.
"Muitas pessoas dizem que é a fotografia mais icónica que alguma vez viram. Têm razão e eu não morri. Normalmente, é preciso morrer para se ter uma fotografia icónica", comentou sobre a imagem em que aparece a levantar o punho e a dizer "Fight" (luta) várias vezes.
Ao jornal Washington Examiner, o ex-presidente garantiu que reescreveu completamente o discurso para a convenção, de forma a abordar este momento e a defender a unidade do país. "Esta é uma oportunidade para unir todo o país, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido há dois dias".
Trump afirmou que tinha "preparado um discurso extremamente duro" sobre a "horrível administração [do Presidente Joe] Biden", mas abandonou esse por um discurso que esperava "unisse o país".
"Mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas", considerou.
O ataque, em que Trump ficou ligeiramente ferido na orelha direita, causou a morte de um apoiante e dois feridos, que foram hospitalizados.
O atacante, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi abatido segundos depois por um atirador dos Serviços Secretos.
Biden pede calma ao país depois de atentado contra Trump
O Presidente dos Estados Unidos pediu calma ao país e afirmou que a política não é um "campo de morte", na sequência do atentado contra o adversário republicano Donald Trump,
"Quero falar-vos esta noite sobre a necessidade de baixar a temperatura da nossa vida política", disse Joe Biden, num discurso a partir da Sala Oval da Casa Branca, no domingo.
"Todos nós enfrentamos um período de teste à medida que nos aproximamos das eleições [presidenciais, em novembro]. Quanto mais altos os riscos, mais quentes as paixões", acrescentou o democrata.
"Por mais fortes que sejam as nossas convicções, nunca devemos permitir que elas resultem em violência. (...) É altura de nos acalmarmos", afirmou.
"Não há lugar na América para este tipo de violência, para qualquer tipo de violência, nunca, ponto final, sem exceções. Não podemos permitir que esta violência seja normalizada", afirmou Biden.
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