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Tribunal internacional vai investigar possíveis crimes de guerra na Ucrânia

Diogo Camilo
Diogo Camilo 02 de março de 2022 às 22:59
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Procurador vai investigar possíveis crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídios praticados em território ucraniano. Portugal foi um de 39 países que fizeram queixa pelos crimes praticados na Rússia.

Depois de 39 países terem avançado com uma queixa ao Tribunal Penal Internacional a exigir uma investigação aos possíveis crimes de guerra praticados pela Rússia à Ucrânia, um procurador, Karim Khan, anunciou que já iniciou a recolha de provas.

Em comunicado, Khan refere que a 28 de fevereiro anunciou a decisão de pedir autorização para esta investigação, indicando que foi agora avançada a decisão à presidência do ICC de proceder à investigação. "Estou convencido que existe uma base razoável para acreditar que presumíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade têm sido cometidos na Ucrânia" desde 2014, disse, na altura, o procurador-geral da instância internacional com sede em Haia, nos Países Baixos. Nesse ano, a Rússia invadiu e anexou a península da Crimeia, no sudeste da Ucrânia, depois de um movimento de contestação popular a favor da integração do país na União Europeia.

 International Criminal Court
International Criminal Court GettyImages

"O nosso trabalho na recolha de provas começa agora", aponta.

Portugal foi um dos 39 países que enviou o requerimento para a abertura de uma investigação numa lista que inclui países como a França, a Alemanha, a Espanha, o Reino Unido ou Itália para que sejam escrutinados quaisquer "crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio" em qualquer parte do território da Ucrânia, por qualquer pessoa.

A intenção foi anunciada esta quarta-feira pelo Reino Unido, com o seu primeiro-ministro, Boris Johnson, a anunciar que este é "o maior requerimento de sempre enviado ao Tribunal Penal Internacional". "Está claro que Putin não pode cometer estes atos horríveis com impunidade".

A ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, anunciou a medida nas redes sociais, acrescentando que Moscovo está "a usar força indiscriminada contra civis inocentes na sua invasão ilegal e não provocada da Ucrânia" e que o "regime de Putin deve ser responsabilizado".

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