Os mercenários estão a cercar a cidade ucraniana de Bakhmut, mas dizem não estar a receber munições. É mais um sinal de tensão entre o grupo e o exército russo.
Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo de mercenários Wagner, alertou que o cerco russo à cidade ucraniana de Bakhmut fica em risco caso não sejam enviadas munições para os seus homens. "Agora, estamos a tentar entender a razão: se é só burocracia normal ou uma traição", afirmou, através do Telegram.
Concord Press Service/via REUTERS
Depois desta queixa, Prigozhin denunciou que o seu representante tinha sido barrado no quartel-general da "operação militar especial" da Rússia. "Às oito da manhã de dia 6 de março, o meu representante viu o seu passe cancelado no quartel-general e foi-lhe negado o acesso. Continuamos a esmagar o exército ucraniano em Bakhmut."
O fundador do grupo Wagner tem deixado várias críticas aos líderes da Defesa russa e aos generais. Em fevereiro, acusou o ministro da Defesa Sergei Shoigu e outros de "traição" por também não lhe serem dadas munições. Afirma que os seus soldados estão preocupados com a possibilidade de o governo russo fazer deles bodes expiatórios caso perca a guerra.
"Se o grupo Wagner se retira de Bakhmut agora, toda a frente colapsa. A situação não será doce para todas as formações militares que protegem os interesses russos", garante.
Também sobre Bakhmut, o exército ucraniano reportou que os líderes da brigada 155, da Rússia, a lutar perto da cidade de Vuhledar, estavam a resistir às ordens para atacar depois de terem sofrido pesadas baixas. As tropas garantem que da Ucrânia, não houve ordem para retirar. "A situação em Bakhmut e ao redor é muito semelhante ao inferno, como o é toda a frente oriental", explicou o comandante ucraniano Volodymyr Nazarenko.
Esta segunda-feira, a Ucrânia diz ter repelido 95 ataques russos contra Bakhmut. "A situação pode ser descrita como crítica", lamentou o analista militar ucraniano Oleg Zhdanov.
O ministro da Defesa russo tem visitado as suas forças na Ucrânia, entregando medalhas e encontrando-se com comandantes. Esta segunda-feira, visitou Mariupol, que foi conquistada pelos russos em 2022 após um cerco que durou meses. Também hoje, o ministério da Defesa russo diz ter sido atingido um centro de comando do batalhão Azov em Zaporíjia.
Notícia atualizada às 11h59 com denúncia de Prigozhin sobre o seu representante.
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