Autoridades afastam para já a hipótese de terrorismo, uma vez que o homem consumia drogas e que as suas declarações foram "incoerentes".
O homem, de 35 anos, que atropelou deliberadamente várias pessoas na quarta feira, na ilha francesa de Oléron, foi esta sexta-feira formalmente acusado de tentativa de homicídio e colocado em prisão preventiva, avança a imprensa francesa. Jean G. é o suspeito de atropelar sete pessoas: cinco delas ficaram feridas e duas tiveram de ser transportadas para o hospital, estando agora em "estado preocupante".
Polícia investiga alegado atropelamento com tentativa de homicídio em OléronAP Photo/Thibault Camus
O homem entretanto já foi presente a juiz de instrução mas remeteu-se ao silêncio, segundo o procurador de La Rochelle ao jornal Le Figaro. Durante custódia policial, o suspeito terá afirmado que "queria morrer por auto-imolação" e disse que no momento em que perpetrou o incidente estava a "ouvir ruídos estranhos na cabeça há algum tempo", explicou o magistrado na quinta-feira, numa conferência de imprensa.
Jean G., que no dia do incidente possuía uma faca com uma lâmina de 35 centímetros e uma botija de gás, foi, segundo o procurador, "descrito por pessoas próximas como utilizador de múltiplas drogas" e ao que tudo indica estaria sob o efeito de canábis no momento em que levou a cabo o atropelamento. Além do atropelamento de várias pessoas, incendiou também um veículo antes de fugir. A polícia viu-se obrigada a recorrer a uma arma de choque para o conter.
Apesar de o suspeito ter "seguido as ordens de Alá", que o instruíram a "fazer um sacrifício", e de terem sido encontradas notas religiosas na sua casa, as autoridades ainda não encontraram "nenhuma ligação com organizações terroristas", explicou o mesmo procurador. Durante o interrogatório, o indivíduo explicou que se radicalizou "por conta própria e com a ajuda das redes sociais", em apenas algumas semanas, no entanto, as autoridades consideraram que as suas declarações são "incoerentes" não levantando para já a hipótese de terrorismo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, reagiu ao caso durante a visita ao Brasil - para a participação na COP30 - dizendo estar "chocado com o ataque ocorrido em Oléron" e assegurando ter "plena confiança no sistema judicial para apurar a verdade responder a essa violência com máxima firmeza".
Jean G. vivia isolado numa casa móvel em Saint-Pierre-d'Oléron. Pescador e filho de pescador, fazia também trabalhos ocasionais: era empregado num bar. Na zona onde vivia era conhecido por delitos mais comuns, segundo o Le Figaro. Já havia sido condenado anteriormente por furtos ou violência, afirmou a procuradoria.
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