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Soja à deriva no oceano devido a guerra comercial China-EUA

Um navio de carga norte-americano que transporta 17 milhões de euros em soja navega sem rumo há um mês.

Um navio de carga norte-americano que transporta 17 milhões de euros em soja navega sem rumo há um mês, no oceano pacífico, vítima da guerra comercial que, entretanto, se desencadeou entre Pequim e Washington.

O Peak Pegasus tinha previsto descarregar 70 mil toneladas de soja no porto chinês de Dalian, em 6 de Julho passado, antes de as autoridades chinesas imporem uma taxa alfandegária de 25% sobre a soja norte-americana, em retaliação contra a decisão de Washington em aumentar os impostos sobre 29 mil milhões de euros de bens importados da China.

No entanto, o barco chegou atrasado ao destino e, desde então, tem andado às voltas, sem que os donos, a empresa Louis Dreyfus, decidam o que fazer à carga.

O transporte de soja dos EUA para a China demora pelo menos 30 dias. Carregamentos feitos antes das taxas entrarem em vigor poderão ter sido taxados ainda antes de desembarcarem na China.

Segundo o diário britânicoThe Guardian, os custos diários para manter o navio a navegar próximo da costa chinesa ascendem a 10.700 euros.

A soja é um ponto-chave nas disputas comerciais entre EUA e China: representa 10% do conjunto das exportações norte-americanas para o país asiático e é um sector vital para a América rural, onde estão concentrados muitos dos eleitores do Presidente norte-americano, Donald Trump.

No país emerso

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.