Na COP28, Moscovo anunciou querer usar ouro para financiar o fundo de perdas e danos. Intenção está a ser vista como uma forma de evitar que o Ocidente se aproprie destes bens congelados na sequência da invasão da Ucrânia.
A Rússia anunciou, este sábado, que está a tentar que as suas reservas de ouro sejam descongeladas para serem usadas no fundo de perdas e danos das alterações climáticas de apoio aos países em desenvolvimento. Estas reservas foram congeladas no âmbito das sanções internacionais aplicadas pela invasão da Ucrânia.
REUTERS/Thaier Al Sudani
Este gesto está, assim, a ser visto como uma tentativa de Moscovo de fazer "todos os possíveis" para evitar que o Ocidente se aproprie dos seus bens congelados. A posição defendida pelo enviado russo à COP28 (a cimeira das Nações Unidas para as alterações climáticas) é a de que estes fundos iriam ajudar a reduzir o fosso entre países desenvolvidos e em desenvolvimento na luta contra as alterações climáticas.
"Estamos prontos para anunciar que a Rússia está a ponderar uma contribuição financeira voluntária para o fundo de perdas e danos através da nossa reserva de ouro nacional que está congelada por organizações internacionais", anunciou Ruslan Edelgeriev, o representante russo na COP28, que decorre no Dubai até 12 de dezembro. "É um passo ditado pela necessidade de reduzir o fosso entre os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento."
No entanto, esta não deve ser uma proposta que vá ser aceite. O Ocidente congelou cerca de metade - mais ou menos 279 mil milhões de euros - das reservas russas de ouro, depois do governo de Vladimir Putin ter enviado tropas para a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.
Kiev defende que estes bens congelados à Rússia devem servir para pagar a reconstrução do país. Uma posição defendida por muitos dos seus aliados, mas que tem sido difícil de aplicar devido às questões legais e as repercussões futuras que esta decisão pode ter.
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